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Estado de Minas

S� 40% das mulheres com c�ncer conseguem preservar mama


postado em 14/10/2012 13:57

O avan�o no tratamento do c�ncer de mama tem permitido a indica��o de cirurgias cada vez menos invasivas, que envolvem apenas a retirada de uma pequena por��o do seio. Mesmo assim, a taxa de ado��o desse tipo de procedimento tem ficado abaixo do esperado. Sob o ponto de vista da import�ncia da manuten��o das mamas para a autoestima da mulher, esse tema foi destaque no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Cl�nica, em Viena, na �ustria.

A indica��o da cirurgia capaz de conservar grande parte da mama � poss�vel quando o tumor � pequeno ou, nos casos de tumores grandes, a paciente apresenta uma boa resposta ao tratamento neoadjuvante (quimioterapia aplicada antes da cirurgia com o objetivo de diminuir o tamanho do n�dulo).

O que a pesquisadora Carmen Criscitiello, do Instituto Europeu de Oncologia, descobriu � que o n�mero de indica��es de cirurgias que preservam as mamas n�o tem aumentado na mesma propor��o em que melhoram as respostas das pacientes �s novas terapias neoadjuvantes.

Para chegar a essa conclus�o, ela tomou por base um estudo anterior que avaliou a efic�cia de tr�s estrat�gias de quimioterapia neoadjuvante para 429 pacientes com tumor do tipo HER2 positivo. Um grupo recebeu a droga lapatinibe, o outro recebeu o trastuzumabe e um terceiro, a combina��o das duas terapias. Deste �ltimo grupo, 51,5% das pacientes tiveram uma resposta completa � terapia, enquanto nos outros grupos, essa taxa foi de 24,7% e de 29,5% respectivamente.

O esperado seria que o terceiro grupo, por ter respondido melhor recebesse mais indica��es de cirurgias que preservam as mamas. Por�m, o que ocorreu foi que nos tr�s grupos, independentemente da resposta ao tratamento, apenas 40% das pacientes puderam conservar o seio.

“O estudo destaca uma atitude negativa que pode privar grande fra��o de mulheres da chance de preservar sua mama, sem nenhuma raz�o cl�nica para justificar essa decis�o”, diz Carmen.

Ela acrescenta que as caracter�sticas do tumor anteriores � quimioterapia inicial tiveram papel importante na decis�o do tipo de cirurgia. “Um dos objetivos da terapia neoadjuvante � obter um aumento da taxa de conserva��o de mama, mas esse objetivo � claramente frustrado se o tipo de cirurgia for escolhida somente de acordo com as caracter�sticas iniciais do tumor”, completa Carmen.

No Brasil

Segundo a mastologista Maira Caleffi, presidente da Federa��o Brasileira de Institui��es Filantr�picas de Apoio � Sa�de da Mama (Femama), esse processo tamb�m pode ser observado no Brasil. Para ela, apesar de melhores condi��es para se realizar a cirurgia que preserva a mama, “o que se observa na pr�tica � que muitas pacientes s�o informadas pelos pr�prios cirurgi�es que talvez seja melhor tirar tudo e retirar ainda a outra mama como profilaxia”.

Maira ressalta que esse procedimento n�o tem respaldo cient�fico a n�o ser que a mulher possua uma muta��o gen�tica familiar que predisponha ao c�ncer. “Isso � um desservi�o que vem sido praticado. � um exagero, que n�o observa as recomenda��es das autoridades e das sociedades m�dicas”, afirma.

A decis�o sobre qual ser� o procedimento adotado deve ser compartilhada entre m�dico e paciente, de acordo com o mastologista Wesley Pereira Andrade, do Hospital A.C.Camargo. Em casos de tumores grandes, pode-se tanto come�ar o tratamento com a cirurgia mais radical e depois introduzir a quimioterapia quanto adotar a neoadjuvante para tentar conservar a mama.

“Quando se preserva a mama, existe um ganho psicol�gico. A desvantagem � uma maior chance de o tumor voltar ao longo de dez anos”, diz. Ele observa que a mulher que preserva a mama tem uma aceita��o melhor de sua autoimagem.

Para o ginecologista e cirurgi�o oncol�gico F�bio Laginha, do Hospital 9 de Julho, depois dos avan�os nas novas drogas contra c�ncer de mama, � preciso progredir nos m�todos de imagem e nas t�cnicas cir�rgicas que permitam a retirada da por��o exata da mama necess�ria para eliminar todas as c�lulas cancer�genas. “O que precisa ser feito, quando se escolhe esse tipo de quimioterapia neoadjuvante, � ter certeza do local do tumor, marcar e acompanhar sua diminui��o”, diz.


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