Companhia Sider�rgica do Atl�ntico pede desculpas por polui��o em bairro do Rio

Multada em R$ 10,5 milh�es pela Secretaria Estadual do Ambiente (SEA) por poluir o ar, a ThyssenKrupp Companhia Sider�rgica do Atl�ntico (CSA) desculpou-se hoje (1º) e disponibilizou uma linha telef�nica para tirar d�vidas da popula��o. Duas localidades do bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio, onde vivem 5 mil pessoas, foram afetadas por um vazamento de res�duos.

� a terceira vez que a sider�rgica � autuada pelo crime ambiental chamado nuvem de prata. A companhia, que � uma das maiores da Am�rica Latina, foi multada em R$ 4,6 milh�es – R$ 1,8 milh�o em 2010 e R$ 2,8 milh�es em 2011. Desta vez, tamb�m ter� que pagar 4,5 milh�es em medidas de compensa��o, como plantio de 15 mil �rvores.

Na �ltima segunda-feira, por falta de umidifica��o, que � feita com aux�lio de carro-pipa, ventos associados ao tempo seco espalharam pelo ar, no entorno da CSA, res�duos de esc�ria – subproduto da produ��o de ferro usado na constru��o civil –, que cont�m grafite. A companhia informou ter detectado o problema ap�s minuciosa apura��o interna.

"A TKCSA reconhece que o grafite � oriundo do seu processo de produ��o e desculpa-se com seus vizinhos pelo inc�modo", diz a sider�rgica, em nota.

Apesar da preocupa��o de t�cnicos da SEA com o agravamento de problemas respirat�rios, al�rgicos e dermatol�gicos entre os moradores de Santa Cruz, a CSA diz que a subst�ncia n�o � t�xica e informa que tomou todas as medidas para “ajustar procedimentos como o aumento da frequ�ncia da umidifica��o para o caso de condi��es clim�ticas semelhantes”.

De manh�, em entrevista coletiva, o secret�rio Carlos Minc disse que n�o vai mais tolerar acidentes deste “em uma das companhias mais modernas do planeta”. Minc prometeu endurecer mais ainda nas multas e amea�ou embargar a companhia, se a situa��o se repetir. “A paci�ncia acabou. Eles n�o podem brincar com a sa�de das pessoas.”

Cumprindo um termo de ajustamento de conduta, a CSA passou dois anos sem registrar vazamento de res�duos, em fun��o de modifica��es nos procedimentos e de investimentos em novos equipamentos. Somente o revestimento para “enclausurar” um dos po�os onde subst�ncias s�o tratadas, conforme determinado pela secretaria, custou R$ 40 milh�es.

“N�o � aceit�vel que, pela terceira vez, uma empresa cause um inc�modo a 5 mil pessoas. N�o � que mate [a nuvem de prata], mas quem tem asma entra em crise, quem tem doen�a de pele empola”, exemplificou Minc, que tamb�m criticou o aumento da poeira no bairro de Santa Cruz.

O telefone da CSA para tirar d�vidas sobre o vazamento � 0800 021 51 23. A liga��o � gratuita.