Aproximadamente 1,8 milh�o de pessoas visitaram o cremat�rio e os 22 cemit�rios municipais da capital paulista neste feriado de Finados, de acordo com o Servi�o Funer�rio da prefeitura de S�o Paulo. Apenas no Cemit�rio de Vila Formosa (zona leste), o maior da Am�rica Latina, cerca de 300 mil pessoas buscaram os t�mulos e ossu�rios de amigos e parentes.
Nos 763.175 metros quadrados do cemit�rio, era f�cil de se perder. Por isso, funcion�rios orientavam sobre a melhor maneira de encontrar alguma das 80 mil sepulturas que existem no local. “Mesmo com o n�mero da quadra em m�os, eles se perdem mesmo. � f�cil confundir”, disse um dos auxiliares do cemit�rio.
Entre os visitantes, Neuraci Dias da Silva, 27 anos, dom�stica, prestava suas homenagens � m�e, falecida h� dez anos. “Trouxe flores e vou permanecer aqui enquanto as velas n�o derreterem”, disse.
Do lado de fora, comerciantes faturavam com o com�rcio de flores e velas. Nilse Rinato, propriet�ria de uma floricultura, estima que as vendas do feriado devem somar cerca de 2 mil vasos de flores. “O que mais sai s�o rosas e cris�ntemos”, disse. Em fins de semana comuns, de acordo com ela, as vendas costumam ficar, em m�dia, em 70 vasos.
Em outro cemit�rio, o S�o Pedro, na Vila Alpina (zona leste), ambulantes que comercializavam alimentos, flores e velas sentiram uma queda no faturamento em rela��o ao ano passado. “Venho para o [feriado de] Finados h� uns seis anos. O movimento vem diminuindo”, disse o vendedor de cocada e quebra-queixo Jo�o Lu�s da Silva, de 28 anos, que saiu de S�o Bernardo do Campo, uma cidade da Grande S�o Paulo, para vender os seus produtos.
No mesmo cemit�rio, Luci Gomes, de 69 anos, visitava cinco parentes enterrados l�: o pai, as duas irm�s, um irm�o e o marido, que faleceu h� oito meses. “Venho todo m�s nesse cemit�rio. Sinto muita saudade. Hoje eu trouxe flores e as velas, que j� acendi”, disse, emocionada.
Para este feriado, o Servi�o Funer�rio intensificou os trabalhos de manuten��o e limpeza, al�m de ter refor�ado a seguran�a, com a colabora��o da Guarda Civil Municipal e da Pol�cia Militar. De acordo com Ubirajara Adriano Marques, diretor do cremat�rio e dos cemit�rios municipais paulistanos, foram feitas tamb�m obras de acessibilidade. Al�m disso, foram disponibilizados ve�culos el�tricos para transportar pessoas com dificuldades de locomo��o.