O casal Carmem Kiechofer e Bernhard Michel Topschall, suspeito de aliciar m�es e intermediar a doa��o de crian�as pobres no interior da Bahia, deve permanecer em sil�ncio durante audi�ncia hoje (13) na Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do Tr�fico de Pessoas. Eles foram beneficiados por um habeas corpus concedido na noite de ontem (12) pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento assegura aos suspeitos o direito de n�o responder aos questionamentos que considerem resultar na produ��o de provas contra si.
Logo no in�cio da audi�ncia, agora h� pouco, Carmem, que � a primeira a ser questionada, pediu a compreens�o dos presentes e disse que vai se valer de seus direitos constitucionais de ficar em sil�ncio. "Pe�o desculpas e agrade�o a compreens�o de todos. Esses fatos v�o ser esclarecidos na Justi�a da Bahia", disse.
O casal, que chegou acompanhado de seus advogados, � acusado de participar ilegalmente do processo que resultou na ado��o de cinco irm�os, filhos de lavradores, no munic�pio de Santo Amaro (BA). Na ado��o, as crian�as foram retiradas do conv�vio dos pais e entregues para quatro casais de S�o Paulo, o que, segundo a Secretaria de Direitos Humanos, contrariou ao menos dez pontos do Estatuto da Crian�a e do Adolescente (ECA). Os dois tinham sido convocados para depor h� duas semanas, mas n�o compareceram.
Al�m deles, a CPI pretende ouvir hoje a ex-vereadora do munic�pio baiano de Encruzilhada Maria Elizabete Abreu Rosa, suspeita de aliciar m�es e intermediar ado��es ilegais no estado.
H� duas semanas, Maria Elizabete tamb�m deveria ter prestado depoimento � CPI, mas apresentou atestado m�dico para justificar a aus�ncia. A ex-vereadora foi presa no in�cio de 2011 e perdeu o cargo ap�s ser flagrada enquanto aliciava gr�vidas para doarem seus filhos. Os beb�s eram vendidos em falsos processos de ado��o.