O coordenador adjunto de Sa�de Mental do Minist�rio da Sa�de, Leon Garcia, disse hoje que o governo federal n�o incentiva a interna��o compuls�ria de dependentes de droga. O dirigente respondeu a participantes do semin�rio �lcool e Outras Drogas: Um Desafio para os Profissionais de Sa�de, coordenado pelo F�rum dos Conselhos Federais da �rea de Sa�de, que criticaram a implanta��o de pol�ticas desse tipo no pa�s.
"Interna��o compuls�ria � uma pol�tica pobre feita para pobre. � uma estrat�gia de higieniza��o para mostrar um pa�s bonito nos eventos internacionais", disse o coordenador do Movimento Nacional de Popula��o de Rua (MNPR) e da Frente Nacional sobre Drogas e Direitos Humanos (FNDDH), Samuel Rodrigues.
O representante do Minist�rio da Sa�de alegou que essas decis�es se d�o em �mbito estadual e municipal e garantiu que a pol�tica federal � para que essas interna��es sejam feitas apenas em casos extremos, nos quais haja risco de vida para o usu�rio.
"O minist�rio busca o di�logo, de forma a intervir e ampliar a rede de cuidados. O nosso objetivo � que a interna��o involunt�ria adquira novamente a dimens�o que nunca deveria ter deixado de ter, quase nula. Que seja aplicada apenas em casos muito espec�ficos", disse Garcia.
A conselheira do Conselho Nacional de Pol�tica sobre Drogas (Conad) Cristina Brites, de outro lado, disse que o poder aquisitivo pode influenciar no tratamento. "Ningu�m pode negar que um policial, quando aborda um usu�rio de drogas, age dependendo do bairro onde vai atuar, dependendo da cor da pele da pessoa. Quando � negro, quando � pobre, quando est� num bairro mais afastado, de certa forma a a��o da pol�cia � mais repressora”.
Para Cristina Brites, o consumo de drogas de forma generalizada est� ligado � classe social. A depend�ncia se instalaria em um contexto de perda de sentido, estando ligada tamb�m a condi��es materiais. O jovem, segundo ela, "se coloca mais em risco quando tem menos acesso a informa��o, se coloca mais em risco quando n�o pode conversar sobre isso abertamente na escola, quando convive com o tr�fico cotidianamente”.
"Interna��o compuls�ria � uma pol�tica pobre feita para pobre. � uma estrat�gia de higieniza��o para mostrar um pa�s bonito nos eventos internacionais", disse o coordenador do Movimento Nacional de Popula��o de Rua (MNPR) e da Frente Nacional sobre Drogas e Direitos Humanos (FNDDH), Samuel Rodrigues.
O representante do Minist�rio da Sa�de alegou que essas decis�es se d�o em �mbito estadual e municipal e garantiu que a pol�tica federal � para que essas interna��es sejam feitas apenas em casos extremos, nos quais haja risco de vida para o usu�rio.
"O minist�rio busca o di�logo, de forma a intervir e ampliar a rede de cuidados. O nosso objetivo � que a interna��o involunt�ria adquira novamente a dimens�o que nunca deveria ter deixado de ter, quase nula. Que seja aplicada apenas em casos muito espec�ficos", disse Garcia.
A conselheira do Conselho Nacional de Pol�tica sobre Drogas (Conad) Cristina Brites, de outro lado, disse que o poder aquisitivo pode influenciar no tratamento. "Ningu�m pode negar que um policial, quando aborda um usu�rio de drogas, age dependendo do bairro onde vai atuar, dependendo da cor da pele da pessoa. Quando � negro, quando � pobre, quando est� num bairro mais afastado, de certa forma a a��o da pol�cia � mais repressora”.
Para Cristina Brites, o consumo de drogas de forma generalizada est� ligado � classe social. A depend�ncia se instalaria em um contexto de perda de sentido, estando ligada tamb�m a condi��es materiais. O jovem, segundo ela, "se coloca mais em risco quando tem menos acesso a informa��o, se coloca mais em risco quando n�o pode conversar sobre isso abertamente na escola, quando convive com o tr�fico cotidianamente”.
As comunidades terap�uticas tamb�m receberam cr�ticas. Os motivos s�o viola��o de direitos humanos, trabalhos for�ados das pessoas em tratamento e m�s condi��es das instala��es f�sicas. O governo � respons�vel diretamente por 25 centros de Aten��o Psicossocial �lcool e Drogas (CAPSads). As demais comunidades que existem no pa�s s�o iniciativas particulares. Muitas recebem aux�lio governamental por meio de editais.
A inten��o � que esses centros integrem a Rede de Aten��o Psicossocial, institu�da pela Portaria 3.088 de 23 de dezembro de 2011. A rede inclui o Sistema �nico de Sa�de (SUS), facilitando a fiscaliza��o e o envolvimento da fam�lia no tratamento. No entanto, de acordo com o coordenador adjunto Leon Garcia, o minist�rio n�o tem tido sucesso nessa integra��o e tem encontrado resist�ncia por parte das comunidades.
"A gente sabia que era um problema complexo, que n�o vai conseguir resgatar o atraso de muitos anos de pol�tica em um ano s�. Temos um horizonte de trabalhar at� 2014 para ter uma rede m�nima de cuidados efetivos nesse campo de �lcool e drogas", informou.
At� 2014, o Minist�rio da Sa�de vai investir R$ 4 bilh�es no Programa Crack, � Poss�vel Vencer, destinado ao tratamento e combate � depend�ncia da droga. Desses, R$ 2 bilh�es ser�o destinados diretamente para tratamento. Esse ano, foram lan�ados editais que visam a atender a pelo menos nove projetos de comunidades terap�uticas com cerca de R$ 900 mil.
A inten��o � que esses centros integrem a Rede de Aten��o Psicossocial, institu�da pela Portaria 3.088 de 23 de dezembro de 2011. A rede inclui o Sistema �nico de Sa�de (SUS), facilitando a fiscaliza��o e o envolvimento da fam�lia no tratamento. No entanto, de acordo com o coordenador adjunto Leon Garcia, o minist�rio n�o tem tido sucesso nessa integra��o e tem encontrado resist�ncia por parte das comunidades.
"A gente sabia que era um problema complexo, que n�o vai conseguir resgatar o atraso de muitos anos de pol�tica em um ano s�. Temos um horizonte de trabalhar at� 2014 para ter uma rede m�nima de cuidados efetivos nesse campo de �lcool e drogas", informou.
At� 2014, o Minist�rio da Sa�de vai investir R$ 4 bilh�es no Programa Crack, � Poss�vel Vencer, destinado ao tratamento e combate � depend�ncia da droga. Desses, R$ 2 bilh�es ser�o destinados diretamente para tratamento. Esse ano, foram lan�ados editais que visam a atender a pelo menos nove projetos de comunidades terap�uticas com cerca de R$ 900 mil.