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Estado de Minas

Delegado denuncia a��es de exterm�nio em S�o Paulo


postado em 23/11/2012 07:50

Populares se manifestam contra a violência na Praça da Sé, em São Paulo (foto: NELSON ANTOINE/FOTOARENA/ESTADAO)
Populares se manifestam contra a viol�ncia na Pra�a da S�, em S�o Paulo (foto: NELSON ANTOINE/FOTOARENA/ESTADAO)

O delegado-geral da Pol�cia Civil, Marcos Carneiro Lima, afirmou ontem que h� ind�cios de a��es de exterm�nio na atual onda de viol�ncia. Em tom de desabafo, prestes a deixar o cargo, ele disse que pelo menos uma das v�timas teve antecedentes criminais consultados no sistema de seguran�a p�blica do estado pouco antes de ser assassinada, o que seria um ind�cio da atua��o de policiais no crime. “Fomos verificar, havia sido feita uma pesquisa (sobre antecedentes). A morte foi na capital e a pesquisa, feita na Grande S�o Paulo pouco antes da morte”, disse Carneiro Lima, logo ap�s a posse do novo secret�rio da Seguran�a P�blica, Fernando Grella Vieira, no Pal�cio dos Bandeirantes.

O delegado-geral, que colocou o cargo � disposi��o do novo secret�rio, afirmou que isso j� ocorria no passado e que o Departamento de Homic�dios e Prote��o � Pessoa (DHPP) est� checando se houve consultas tamb�m em outros casos de homic�dio recentes. “Se houver policial envolvido, queremos que ele fique preocupado e n�o durma em paz”, frisou. As consultas das fichas criminais s�o acess�veis somente a policiais.

Ainda falando sobre a onda de viol�ncia na cidade, questionado se havia provas de que policiais t�m cometido assassinatos em bairros da periferia, Carneiro Lima disse que trabalha com todas as linhas de investiga��o e apontou alguns ind�cios de que isso esteja ocorrendo. “A pr�pria sociedade, ao receber a informa��o de que oito homic�dios aconteceram em um curto espa�o de tempo, em um espa�o geogr�fico pequeno, (sabe que) � porque alguma coisa estranha est� acontecendo. O criminoso (comum) � covarde. Ele mata e foge do local. Ele n�o mata e fica matando v�rias vezes. N�o mata e recolhe os estojos (dos proj�teis) depois para n�o fazer prova.”

O delegado-geral, que deve ser substitu�do nos pr�ximos dias, explicou que a numera��o dos estojos de muni��es � determinante em uma investiga��o, porque permite o rastreamento de onde foram compradas. Todas as balas usadas por policiais, por exemplo, trazem identifica��o de lote. “Em muitos casos, os estojos s�o recolhidos por pessoas que sabem que poderiam ser incriminadas por essas informa��es.” Carneiro Lima afirmou tamb�m que parte da sociedade � conivente com a viol�ncia. “� importante ressaltar que a gente nunca teve chacina nos Jardins. Por qu�? Por que � t�o f�cil matar pobre na periferia? Porque ainda existe uma grande parcela da sociedade que acha que matar pobre na periferia � matar o marginal de amanh�.”

OUTRA CHACINA Doze pessoas morreram e pelo menos outras 12 foram baleadas entre a noite de quarta-feira e a madrugada de ontem na capital e Regi�o Metropolitana de S�o Paulo. O caso mais grave ocorreu em um bar na Zona Sul, onde uma chacina deixou tr�s mortos e tr�s feridos. Seis pessoas estavam no bar no Jardim S�o Lu�s, quando foram baleadas na noite de quarta-feira. O criminoso, segundo testemunhas, chegou em uma moto, efetuou v�rios disparos e fugiu. Entre os mortos est� a promotora de eventos Luciene Neves, de 24 anos, que participava de projeto contra a viol�ncia.


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