Ap�s um ano e meio longe de casa e do conv�vio familiar, as cinco crian�as retiradas da guarda dos pais e entregues, por decis�o judicial, para ado��o por quatro casais de S�o Paulo, est�o de volta a cidade de Monte Santo, na Bahia. Eles chegaram hoje (19) de manh� ao Aeroporto Internacional Lu�s Eduardo Magalh�es, em Salvador. Dali, seguiram para a cidade natal, a cerca de 350 quil�metros da capital, na regi�o nordeste do estado, onde foram recebidos com festa.
Segundo a prefeitura, ao menos 30 pessoas participaram de um mutir�o de limpeza e de coleta de donativos para a fam�lia, que ganhou m�veis e eletrodom�sticos. Faixas e cartazes de boas-vindas foram expostos em v�rias ruas. Um site chegou a coletar contribui��es em dinheiro que dever�o ser entregues � m�e das crian�as, Silv�nia Maria da Mota Silva, nos pr�ximos dias.
As cinco crian�as, inclusive uma de 2 meses, foram retiradas da casa dos pais pela pol�cia entre maio e junho de 2011. Posteriormente, o ent�o juiz de Monte Santo, Vitor Xavier Bizerra, autorizou que elas fossem entregues a quatro casais de S�o Paulo. A celeridade do processo despertou suspeitas de irregularidades, embora Bizerra garanta que a ado��o n�o foi decidida em tempo recorde e que as autorizou com base em informa��es oficiais.
Ap�s passarem os �ltimos 20 dias em uma institui��o paulista, na companhia da m�e, os cinco irm�os viajaram de S�o Paulo para Salvador. L�, o ouvidor nacional de Direitos Humanos, Bruno Renato Teixeira, o deputado estadual Yulo Oiticica, integrante da Comiss�o de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa baiana e membros do Centro de Defesa da Crian�a e do Adolescente se juntaram ao grupo.
Durante os dias passados na institui��o paulista indicada por um juiz, as crian�as e a m�e receberam o acompanhamento de psic�logos e assistentes sociais a fim de refor�ar os v�nculos familiares. “Foi surpreendentemente a forma como os filhos reconheceram a m�e. O v�nculo familiar foi imediatamente restabelecido”, declarou o ouvidor nacional � Ag�ncia Brasil, acrescentando que, juntos, a Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica e o governo estadual garantiram a capacita��o das redes de atendimento assistencial municipal e estadual para atender a este e outros casos.
“Acreditamos que, agora, com as redes de atendimento municipal e estadual organizadas e preparadas para acompanhar a fam�lia, eles poder�o resgatar sua dignidade e viver de forma a garantir os direitos das crian�as e o conv�vio familiar”, afirmou o ouvidor, lembrando que o Minist�rio P�blico e a corregedoria do Tribunal de Justi�a da Bahia continuam apurando os fatos.
