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Estado de Minas

Crian�a se salva de desabamento em Angra dos Reis porque dormia no quarto dos pais


postado em 04/01/2013 08:14

Rio de Janeiro - A decis�o de dormir no quarto dos pais fez com que o menino Marcos de Souza, de apenas 7 anos, escapasse do deslizamento de terra que soterrou por completo o local onde passava todas as noites.

Ainda assustado, mas ajudando o pai no trabalho de garimpar os poucos pertences que ainda poderiam ser resgatados sob os escombros, o menino contou sua vis�o da trag�dia: “Eu estava dormindo quando minha m�e me acordou assustada e me assustando. Eu s� ouvi o estrondo, antes de sairmos correndo. Eu pensei que o mundo estava acabando”, disse timidamente.

Elaine Coelho de Souza, que al�m de marcos tem uma menina mais nova, disse ter considerado “um milagre” o fato de que ela, o marido – o carpinteiro Ant�nio Alves dos Santos – e as crian�as estarem vivos diante do estrago causado pela chuva.

“A sorte foi que o Marquinho estava dormindo comigo: o seu quarto [ao lado do dos pais] foi o mais atingido. Eu acordei com o estrondo e o clar�o do fogo. A� eu chamei meu marido e disse: 'acorda que o mundo est� se arrasando'. Mas era esta trag�dia a�. Agora a gente est� pensando apenas em salvar as poucas coisas mi�das que a gente t�m e que far�o falta: fog�o, geladeira, ferro de passar roupa. O pouco que a gente pode salvar porque o principal, inclusive a casa, j� perdemos.”

A avalanche de lama, pedra e mato que desceu do morro na Rua da Caixa D’�gua, uma das muitas vielas de barro da localidade de Santa Rita 2, no bairro do Bracu�, na periferia de Angra dos Reis, destruiu nove casas e condenou 38 – j� interditadas pela Defesa Civil.

Em todo o munic�pio, 320 pessoas est�o desabrigadas e 160, desalojados. Entre os desalojados, est� Cleonice C�ndida dos Santos, uma das tr�s pessoas que ficaram feridas nos desabamentos de Santa Rita. Com o marido, Josias Domingo dos Santos e a filha Joyce, de apenas 6 anos, ela morava na casa de n�mero 211, que foi totalmente destru�da em consequ�ncia de um deslizamento de terra.

“Estava na casa quando tudo veio a baixo e machuquei o pesco�o e o bra�o. Foi tudo muito r�pido. Acordei com o estrondo, mas ainda consegui retirar minha filha que estava l� dentro. O que j� foi um milagre, pois tudo que eu tinha ficou soterrado e perdi minha casa”, lamentou, em meio �s l�gimas e incerteza do futuro.

“Agora eu estou aqui, perdida. Fui levada para o hospital para ser medicada [feriu o bra�o esquerdo] e quando voltei n�o encontrei mais ningu�m. N�o sei do meu marido, da minha filha, aonde vou dormir”, disse enquanto persistia a chuva que castiga a cidade desde ter�a-feira e que dever� continuar pelo menos at� s�bado.


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