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Estado de Minas

Faltam pelo menos 1.500 m�dicos nos hospitais federais do Rio, diz sindicato


postado em 06/01/2013 17:02 / atualizado em 06/01/2013 16:57

O Sindicato dos M�dicos do Rio de Janeiro estima que, para resolver o problema da falta de profissionais de medicina nos seis hospitais federais da capital fluminense, � necess�rio pelo menos mais 1.500 m�dicos e rever a atual pol�tica de contrata��o. “Sal�rios incompat�veis com o mercado e concursos tempor�rios t�m provocado a evas�o de m�dicos da rede de sa�de p�blica. M�o de obra tempor�ria � uma medida que tem se mostrado ineficaz em todo o Brasil. O governo federal precisa rever sua pol�tica de recursos humanos. N�o adianta ter uma grande estrutura com essa fal�ncia de recursos humanos”, disse o presidente do sindicato, Jorge Darze.

Os hospitais federais no Rio de Janeiro s�o os do Andara�, de Bonsucesso, zona norte, Cardoso Fontes, em Jacarepagu�, de Ipanema e da Lagoa, na zona sul, e dos Servidores do Estado, zona portu�ria.

Em visita ao Rio de Janeiro, no m�s passado, quando anunciou a cria��o de leitos em hospitais p�blicos, o ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, admitiu que faltam m�dicos nas unidades federais, mas defendeu que a car�ncia desse tipo de m�o de obra ocorre, principalmente, porque poucos profissionais de qualidade est�o sendo formados.

“Nossos n�meros mostram isso. N�o adianta ter apenas mais m�dicos, precisamos de profissionais formados para as necessidades de sa�de da popula��o. O Brasil precisa de um plano estrat�gico de forma��o de m�dicos”. Padilha ressaltou que enquanto o Brasil tem 1,8 m�dicos por mil habitantes, Espanha e Portugal t�m mais de tr�s por mil habitantes, Cuba tem seis por mil habitantes e a vizinha Argentina, tr�s m�dicos por mil habitantes.

Na opini�o do secret�rio-geral e coordenador da Comiss�o de Sa�de P�blica do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Pablo Vazquez, n�o adianta criar novos leitos se n�o h� m�dicos para cuidar dos pacientes. Ele acredita que existe um grande n�mero de aposentadorias de m�dicos sem que haja reposi��o na mesma velocidade. “No CTI [Centro de Tratamento Intensivo] Pedi�trico do Hospital Cardoso Fontes, por exemplo, leitos foram fechados porque os m�dicos se aposentaram e n�o foram contratados substitutos. O principal problema na sa�de do Rio � a falta de recursos humanos”, ressaltou.

Para o defensor p�blico federal Daniel Macedo, titular do 2º Of�cio de Direitos Humanos e Tutela Coletiva, o recente epis�dio de filas quilom�tricas no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no centro, � um exemplo da falta de material humano nas institui��es de sa�de federais no Rio de Janeiro.

“Enquanto a popula��o cresce o n�mero de leitos diminui. Esse �ltimo caso que ocorreu com o Into demonstra as mazelas no trato com a sa�de. O governo realmente virou as cosas para a sa�de e acho que o Brasil vai passar vergonha nos grandes eventos esportivos”, disse. “Outro exemplo � a emerg�ncia do Hospital Federal de Bonsucesso (HFB), na zona norte, que funciona h� quase dois anos provisoriamente em cont�ineres instalados em uma �rea pr�xima do estacionamento do hospital.

O defensor lembrou que al�m dos problemas originados pela falta de m�dicos, o Rio de Janeiro perdeu mais de 7 mil leitos do Sistema �nico de Sa�de (SUS) entre 2005 e 2012, de acordo com estudo do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgado em setembro. O n�mero corresponde a 18% do total de vagas p�blicas. Proporcionalmente, foi a terceira maior perda entre as unidades da Federa��o.

O ministro Padilha explicou que a diminui��o do n�mero de leitos est� relacionado com o fechamento de leitos psiqui�tricos. “Agora estamos abrindo os leitos que t�m o perfil das novas demandas de sa�de da popula��o", destacou. “O Brasil reduziu de forma correta mais de 20 mil leitos psiqui�tricos, que eram manic�mios. Abrir leito sem qualidade no atendimento, equipamentos e sem suprir a necessidade daquele local de sa�de responde adequadamente � necessidade da popula��o", explicou.


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