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Estado de Minas

�ndios pedem audi�ncia ao governador do Rio para tentar impedir demoli��o de antigo museu


postado em 14/01/2013 16:58

Em um derradeiro apelo contra a desocupa��o do pr�dio do antigo Museu do �ndio, no entorno do Est�dio Jornalista Mario Filho, o Maracan�, na zona norte do Rio, o grupo de �ndios que vive no local pede uma audi�ncia com o governador S�rgio Cabral. A desocupa��o para demoli��o do pr�dio ocorrer� assim que governo tiver um mandado judicial.

Segundo o cacique Carlos Tukano, l�der de um grupo de 20 �ndios de 14 etnias que desde 2006 vive na chamada Aldeia Maracan�, o local tem import�ncia hist�rica por simbolizar a luta por terra e por difundir a cultura ind�gena. Para ele, a vida dos �ndios vem sendo destru�da desde o descobrimento do Brasil e compara o governador S�rgio Cabral ao navegador Pedro �lvares Cabral.

“Est�o acabando de enterrar nossa cultura, que j� vem sofrendo desde que o primeiro Cabral chegou. O �ltimo Cabral [referindo-se ao governador do Rio], vai enterrar tudo agora”, disse ao programa Tema Livre, da R�dio Nacional do Rio de Janeiro. “Queremos conversar para a gente se entender. N�o estamos com pires na m�o pedindo esmola, queremos nossos direitos”, completou.

De acordo com os �ndios que participaram do programa, acompanhados da advogada Val�ria Pires de Lima, desde 6 de dezembro passado foi protocolado um pedido de audi�ncia com o governador, que at� hoje n�o se pronunciou. No encontro que insistem em ter, o objetivo � mostrar que o museu, em ru�nas, pode ser restaurado e servir de atrativo tur�stico no entorno do est�dio.

A demoli��o do pr�dio, que n�o � tombado, no entanto, est� prevista na reforma do Maracan� e � “parte importante na quest�o da mobilidade”, segundo diz o governo do Rio, em nota divulgada ontem (13). A previs�o � cadastrar todos os moradores e remov�-los antes de derrubar o pr�dio.

Os �ndios, por outro lado, informam que nenhuma institui��o do governo estadual foi oficialmente ao local cadastr�-los e temem uma desocupa��o �s pressas. No s�bado pela manh�, o Batalh�o de Choque da Pol�cia Militar esteve no local e s� desmontou o cerco � noite.

Em protestos, dezenas de pessoas se juntaram aos �ndios, entre elas, o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) e dois funcion�rios do cons�rcio que faz a reforma do Maracan� e que foram demitidos, segundo os �ndios. Depois de pular o muro para entrar, muitos permanecem no local.

Constru�do h� 147 anos, o pr�dio do antigo Museu do �ndio abrigou a sede do Servi�o de Prote��o ao �ndio, antecessor da atual Funda��o Nacional do �ndio (Funai). De 1953 a 1977, o museu, criado pelo antrop�logo Darcy Ribeiro, funcionou no local at� ser transferido para outro bairro.

Procurado pela Ag�ncia Brasil, o cons�rcio respons�vel pela obra do Maracan�, do qual faz parte a Odebrecht, confirmou em nota as demiss�es dos funcion�rios que apoiaram os �ndios. Segundo o cons�rcio, os trabalhadores foram desligados “por evadir os postos de trabalho durante expediente sem pr�via comunica��o e infringir as normas de seguran�a do trabalho ao pular o muro”.

Edi��o: Davi Oliveira


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