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Estado de Minas

Ap�s ter morte cerebral constatada, mulher responde a est�mulos em S�o Paulo

A jovem est� internada na UTI da Casa de Sa�de de S�o Carlos, depois de sofrer uma parada cardiorrespirat�ria durante uma lipoaspira��o


postado em 18/01/2013 07:00 / atualizado em 18/01/2013 07:15

S�o Paulo – Tr�s dias depois de diagnosticada com morte cerebral, a manicure Nayara Cristina Patrac�o, de 24 anos, apresentou reflexos troncocerebrais – respondeu a est�mulos de dor. A jovem est� internada na UTI da Casa de Sa�de de S�o Carlos, a 232 quil�metros de S�o Paulo, desde o dia 7, depois de sofrer uma parada cardiorrespirat�ria durante uma lipoaspira��o. Tr�s m�dicos do hospital haviam constatado a morte cerebral. Ontem, o diagn�stico feito por profissionais amigos da fam�lia foi de incha�o do c�rebro, decorrente da complica��o apresentada na cirurgia.

“� ainda um quadro muito grave, mas, neste momento, a morte cerebral foi afastada por completo. Pode at� haver uma evolu��o para morte cerebral, mas vamos torcer para que haja uma resposta ben�fica”, afirmou ontem o cardiologista Vander Rog�rio Vieira. Ele acompanhou o neurocirurgi�o Admilson dos Santos Delgado em exames feitos no final da tarde de ontem. De acordo com o m�dico, a pior fase em situa��es semelhantes � de Nayara s�o os primeiros oito dias. Ontem completaram nove dias de interna��o na UTI.

Para o cardiologista, o parecer do neurocirurgi�o � uma “luz no fim do t�nel” para a fam�lia, que em nenhum momento aceitou o diagn�stico de morte cerebral. O m�dico, que � da mesma cidade da manicure, Descalvado (a 243 quil�metros de S�o Paulo), se ofereceu para acompanhar o caso e pediu a ajuda do amigo neurocirurgi�o, colega de faculdade. A Casa de Sa�de de S�o Carlos n�o quis comentar o novo diagn�stico. Em nota, divulgada no final da manh� de ontem, o hospital havia afirmado que o quadro de Nayara se mantinha e que ela respira com a ajuda de aparelhos. O nome dos m�dicos que atestaram a morte encef�lica tamb�m n�o foi informado.

A decis�o de pedir uma nova avalia��o veio depois que Nayara Cristina Patrac�o apresentou algum reflexo, mesmo entubada. “Minha sobrinha entrou e falou que ela soltou uma l�grima”, contou a m�e da manicure, Lucimara Francischini. Emocionada, ela comentou o novo resultado: “Quem trouxe ela de volta foi Deus”, disse. “Ele (o segundo m�dico) explicou que o quadro de morte cerebral foi constatado quando o c�rebro estava muito inchado. Realmente, n�o havia est�mulo algum no in�cio. Mas agora, com o desincha�o, come�ou a reagir, mesmo que de forma t�mida”, completou.

“Ela est� viva, Jesus a curou para n�s”, disse a av� paterna de Nayara, Geralda Patrac�o, 66. Ela afirmou que a fam�lia est� euf�rica com a not�cia. “Foi um milagre.” Elaine Franceschini, tia da jovem, contou que Nayara j� havia dado outro sinal de que est� viva. Segundo ela, a sobrinha apertou o dedo de um amigo da fam�lia que conversou com ela no hospital, al�m de ter lacrimejado ao ouvir o nome dos filhos. Nayara tem uma filha de 4 anos, Liane, e um beb� de 8 meses, Cau� Henrique.

O m�dico que fez a lipoaspira��o da jovem, Vicente de Paula Ciarrochi J�nior, tamb�m esteve no hospital para avaliar a paciente. Ele havia afirmado anteontem que o caso foi uma fatalidade, pois exames cl�nicos preliminares informaram que a paciente estava apta a fazer o procedimento cir�rgico. Presenteada pela m�e, que tamb�m � manicure, Nayara foi submetida a uma lipoaspira��o e abdominoplastia – retirada de excesso de gordura na regi�o do abdome. Depois de sofrer uma parada card�aca durante a cirurgia, ela foi transferida para a Casa de Sa�de de S�o Carlos, onde foi constatada a morte encef�lica. O Conselho Regional de Medicina do Estado de S�o Paulo (Cremesp) abriu sindic�ncia para apurar se houve alguma infra��o �tica por parte do profissional.

 

Saiba mais perda irrevers�vel das fun��es cerebrais 

 

Morte cerebral ou morte encef�lica � a perda definitiva e irrevers�vel das fun��es cerebrais, respons�veis por fun��es como o controle de press�o arterial, atividade card�aca, respirat�ria e n�vel de consci�ncia. O conceito moderno de morte cerebral foi cientificamente definido e aceito por todas as religi�es como cessa��o da vida. Os crit�rios definidos para morte encef�lica variam ao redor do mundo, devido muito mais a quest�es culturais e jur�dicas. Cientificamente, todas as sociedades fundamentam o diagn�stico no exame cl�nico neurol�gico que confirme a irreversibilidade do coma e a fal�ncia do tronco cerebral. No Brasil, o diagn�stico de morte encef�lica � realizado a partir de exame cl�nico feito por dois m�dicos em diferentes intervalos de tempo, sendo obrigat�rio o uso de exame complementar. 


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