As opera��es de acolhimento de dependentes qu�micos na Avenida Brasil est�o suspensas, segundo informou nesta sexta-feira a Secretaria Municipal de Assist�ncia Social do Rio (SMAS). Na semana passada, um menino de 10 anos morreu atropelado ao tentar atravessar a avenida, uma das mais movimentadas do Rio, fugindo de uma opera��o para acolher usu�rios de crack na regi�o.De acordo com a nota da SMAS, as a��es t�m sido aprimoradas para garantir mais seguran�a �s opera��es, assegurando o tratamento do dependente e n�o p�r em risco a sua vida.
A interna��o compuls�ria de crian�as e adolescentes dependentes qu�micos � questionada por organiza��es de defesa dos direitos humanos, a exemplo da coordenadora da Rede Rio Crian�a, Marcia Gatto, que re�ne 14 organiza��es n�o governamentais. Segundo ela, a medida � um retrocesso diante da Pol�tica Nacional de Sa�de Mental, que tem como meta acabar com os leitos para pacientes com transtornos mentais.
“O tratamento tem que ter liga��o com o Caps [Centro de Aten��o Psicosscocial], que trabalha com redu��o de dano, n�o podemos desprezar isso. As pessoas da sa�de mental s�o especialistas e isso faz parte de toda uma luta antimanicomial”, disse
M�rcia lembra que jovens foram mantidos em condi��es degradantes em unidade de interna��o da rede municipal, que era gerida por um policial militar que responde � processo por 42 homic�dios. Depois de den�ncia da imprensa, o contrato foi suspenso. Al�m disso, denuncia que em boa parte das casas de interna��o, geridas por igrejas, jovens s�o submetidos a uma rotina di�ria de ora��o e tratamento, “por meio do trabalho”.
Desde o dia 31 de mar�o de 2011, quando a SMAS deu in�cio �s opera��es conjuntas com �rg�os de seguran�a para o enfrentamento � epidemia do crack, foram promovidas 146 a��es nas principais “cracol�ndias” do munic�pio. Ao todo, foram 6.228 acolhimentos, sendo 5.423 adultos e 785 crian�as e adolescentes. No come�o deste ano, a a��o resultou em 44 abordagens a adultos.
