"Fogos indoor s�o comuns em Santa Maria", diz DJ de boate que pegou fogo

O DJ Sandro Cidade, que trabalha h� tr�s anos na boate Kiss, em Santa Maria, e estava no local no momento do inc�ndio ocorrido na madrugada deste domingo, disse que os fogos de artif�cio indoor, pr�prios para ambientes fechados, s�o comuns em eventos da cidade ga�cha. "S�o usados em festas de 15 anos, em qualquer sal�o que voc� for em Santa Maria voc� vai encontrar", afirmou em entrevista � Ag�ncia Estado. As causas do incidente ainda n�o foram determinadas, mas relatos indicam que o inc�ndio come�ou durante a apresenta��o de pirotecnia realizada pela banda Gurizada Fandangueira, a segunda a subir ao palco na madrugada deste domingo.

O DJ, que al�m de tocar nos intervalos dos shows � respons�vel pela opera��o de som do estabelecimento, desconhece se foi feito algum teste com os fogos de artif�cio usados pelo grupo. "N�o � culpa da banda, foi uma fatalidade, uma trag�dia", defendeu.

Quando o inc�ndio come�ou, Sandro estava no camarim, conversando com os membros da primeira banda, Pimenta e seus Comparsas, que tinha terminado sua performance h� pouco tempo. Ele conta que foi alertado por um seguran�a de que havia algo errado no palco. "Tentei correr para o palco, mas a fuma�a j� tinha se alastrado. S� deu tempo de sair", relatou. O DJ n�o teve ferimentos e j� est� em casa.

VEJA ALGUMAS IMAGENS DA TRAG�DIA NO RIO GRANDE DO SUL

O gaiteiro da banda Gurizada Fandangueira, Danilo Brauner Jaques faleceu. A primeira lista provis�ria com nomes de 141 mortos identificados foi divulgada no in�cio da noite de hoje pela Secretaria de Seguran�a do Rio Grande do Sul.

Perguntado sobre os rumores de que funcion�rios da boate teriam impedido a sa�da dos clientes durante o inc�ndio, Sandro Cidade negou. "N�o tem como um seguran�a atacar uma multid�o de 200 pessoas querendo sair, e n�o tem como manter aquela porta de entrada fechada", disse. "Isso � especula��o."

Segundo ele, o que dificultou a sa�da foi a confus�o natural criada num ambiente de caos. "Tinha gente que estava l� dentro procurando amigos, sem saber se sa�a ou se ficava. L� fora os bombeiros queriam entrar, e a Brigada Militar queria isolar a �rea. Tamb�m tinha gente que queria voltar para buscar algu�m. Era muita gente circulando ao mesmo tempo", contou.

Outro fator crucial, segundo ele, foi a velocidade com que a fuma�a se espalhou. "Nem tinha tanto fogo, era mais fuma�a mesmo e foi muito r�pido."