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Estado de Minas

Santa Maria enterra mais uma v�tima de inc�ndio em boate

Sobe para 237 o n�mero de �bitos provocados por um dos maiores inc�ndios registrados no pa�s. Parentes, amigos e sobreviventes fizeram vig�lia silenciosa em homenagem aos mortos


postado em 04/02/2013 07:00 / atualizado em 04/02/2013 07:28

Bras�lia – O administrador de empresas Bruno Portella Fricks, de 22 anos, e a namorada, J�ssica Duarte, de 20, estavam na Boate Kiss no dia do inc�ndio comemorando em dobro. O casal festejava cinco anos de namoro e ainda o anivers�rio de Bruno. Na noite de s�bado, por volta das 22h, ele n�o resistiu e morreu no Hospital das Cl�nicas, em Porto Alegre. O jovem � a 237ª v�tima da trag�dia. Durante toda a tarde de ontem, o corpo do administrador foi velado no Cemit�rio de Santa Rita. A estudante universit�ria J�ssica est� internada em estado grave. Assim como outros 58 sobreviventes que est�o sendo tratados em unidades de sa�de do Rio Grande do Sul, ela respira com ajuda de aparelhos.

O corpo de Bruno ser� sepultado �s 10h de hoje. Ontem, durante o vel�rio, os pais preferiram n�o falar com a imprensa. O pai de J�ssica, Cl�udio Forgiarini, disse que perdeu um filho. "Era o genro que todo pai queria para sua filha. Um menino jovem. Ele j� estava formado e s� pensava em crescer na empresa em que trabalhava. Era um garoto feliz. Passamos o ano-novo juntos numa praia. Eles tinham planos para se casar", comentou Cl�udio.

Gremista fan�tico, Bruno sorriu na quarta-feira quando uma tia lhe comunicou que o time do cora��o tinha se classificado para a fase de grupos da Libertadores. O caix�o foi coberto pela bandeira tricolor. "Ele n�o perdia quase nenhum jogo. Era frequentador do Ol�mpico h� muito anos", afirmou Cl�udio. Bruno nasceu na cidade de J�lio de Castilhos, mas morava em Santa Maria desde os 2 anos. O administrador de empresas teve queimaduras no corpo e, por isso, precisou ser transferido para Porto Alegre. Chegou consciente ao hospital e s� queria saber not�cias da namorada. "Minha filha ligou para mim �s 4h30. Ela j� estava no hospital. Disse que estava cheia de queimaduras", informou Cl�udio.

J�ssica, de acordo com o pai, teve cerca de 25% a 30% do corpo queimado durante o inc�ndio da Boate Kiss. "A situa��o dela � bastante delicada, mas ela vai escapar. Ela est� em estado grave, mas apresenta um quadro est�vel", disse o pai. Os queimados mais graves, a exemplo de J�ssica, est�o sendo tratados a partir de doa��es de bancos de pele de v�rios estado do Brasil. O Minist�rio da Sa�de comunicou que n�o h� mais necessidade de doa��es.  Na manh� de ontem, m�dicos canadenses come�aram a auxiliar os profissionais brasileiros que est�o monitorando os feridos em estado mais delicado. Os profissionais aplicam uma t�cnica que utiliza ventila��o mec�nica extracorp�rea para que a recupera��o pulmonar aconte�a de maneira mais r�pida.

PALCO DO LUTO Milhares de pessoas, a maioria vestida de branco, fizeram uma vig�lia silenciosa entre a noite de s�bado e a madrugada de ontem nas imedia��es da Boate Kiss, para homenagear as pessoas que morreram no inc�ndio. Sobreviventes, amigos e familiares participaram do ato e pediram por justi�a. Reunidas em volta do cord�o de isolamento colocado em frente � casa noturna, elas puseram flores e cartazes em homenagem �s v�timas do inc�ndio ocorrido no domingo passado. Havia quem apenas contemplasse o palco da trag�dia com olhar de pesar, encontrando conforto no abra�o de familiares e amigos.

Por todo lado viam-se pessoas chorando, de crian�as a idosos. Por diversas vezes param�dicos tiveram de socorrer quem passava mal. Perto dali, o Ex�rcito montou uma esp�cie de hospital de campanha para quem necessitasse de atendimento. Uma equipe de volunt�rios da �rea de psicologia  dava apoio a amigos e familiares.

Pela primeira vez, desde a trag�dia na madrugada do dia 27, foram acesas algumas velas em homenagem �s vitimas. O movimento come�ou a aumentar depois do encerramento  conte�doda missa em homenagem aos mortos, que ocorreu na Bas�lica da Medianeira de Todas as Gra�as. Segundo a Brigada Militar, o ato reuniu de quatro mil a quatro mil e quinhentas pessoas.

 


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