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Estado de Minas

Tortura de presos pode ter motivado ataques em Santa Catarina


postado em 04/02/2013 18:49 / atualizado em 04/02/2013 18:53

Em Joinville foram registrados quatro ataques a ônibus(foto: Pena Filho/Ag.RBS/Folhapress)
Em Joinville foram registrados quatro ataques a �nibus (foto: Pena Filho/Ag.RBS/Folhapress)

As cenas de um v�deo mostrando atitudes de tortura contra um grupo de aproximadamente 70 presos na cadeia de Joinville, gravado no dia 18 de janeiro, podem estar relacionadas diretamente � onda de ataques criminosos em Santa Catarina. Uma das 56 c�meras capturou uma opera��o pente-fino com a participa��o de 14 agentes do Departamento de Administra��o Prisional (Deap) em que dezenas de presidi�rios foram submetidos � tortura.

Um a um, no pavilh�o 4 do pres�dio de Joinville, os presos foram conduzidos nus para um canto do c�modo. Ajoelhados, com as m�os � cabe�a e sem reagir, alguns foram atingidos nas costas por disparos � queima roupa por armas n�o letais (balas de borracha) atingidos com bombas de efeito moral, g�s de pimenta e ainda foram agredidos por voadoras dos agentes. Durante a "opera��o t�tica", detentos foram arrastados da �rea de banho de sol aparentemente lesionados ou debilitados fisicamente pela a��o qu�mica dos dispositivos usados.

O conte�do do v�deo, s� divulgado no s�bado (2), dois dias ap�s o in�cio da s�rie de atentados contra �nibus, postos e instala��es policiais em pelo menos 14 cidades catarinenses, retrata tortura evidente, segundo a secret�ria de Justi�a e Cidadania Ada De Luca. "Houve tortura f�sica, psicol�gica e moral", assegura De Luca. As cenas denunciam, mais uma vez, evid�ncias de maus-tratos e coloca em "xeque" o sistema prisional catarinense. Em novembro do ano passado, uma onda de atentados com o registro de mais de 60 ocorr�ncias teve in�cio ap�s den�ncias de maus-tratos ocorridos na Penitenci�ria de S�o Pedro de Alc�ntara, na Grande Florian�polis. As ordens para as a��es de vandalismo teriam partido do interior dos principais pres�dios, dadas por integrantes da fac��o Primeiro Grupo da Capital (PGC).

Ana Carolina Port�o, delegada da corregedoria do Deap, destacou que o fato em Joinville pode ter contribu�do para a nova s�rie de atentados. "Pode ter somado sim, mas tamb�m n�o podemos afirmar que esta foi a �nica motiva��o", disse Ana Port�o. Leandro Lima, diretor do Deap, informou que tem conhecimento de seguidas a��es t�ticas nos pres�dios, por�m desconhecia completamente as circunst�ncias da a��o protagonizada por seus agentes no dia 18 de janeiro. "N�o tinha conhecimento de que haviam sido feitos disparos com arma de fogo em t�o curta dist�ncia, uso de granadas e g�s de pimenta daquela forma. Diante dos fatos, a equipe inteira foi afastada", afirmou o delegado em entrevista coletiva � imprensa no s�bado. Cerca de 100 agentes do Deap estariam no pres�dio para efetuar a opera��o pente-fino e cerca de 14 participaram da a��o demonstrada no v�deo.

O Deap prometeu apura��o rigorosa do caso. Na ter�a-feira (5) ser�o ouvidos todos os agentes que participaram da a��o. Os respons�veis ser�o afastados por 60 dias e um procedimento administrativo ser� instaurado. O grupo dever� responder a um inqu�rito policial e a uma futura a��o penal. O juiz corregedor Jo�o Marcos Buch j� deu in�cio � apura��o dos abusos.


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