Florian�polis - O comandante-geral da Pol�cia Militar (PM) de Santa Catarina, coronel Nazareno Marcineiro, avalia que os ataques no estado mudaram de perfil desde segunda-feira. Segundo ele, os casos s�o caracter�sticos de v�ndalos e oportunistas.
“[Isso ocorre] com a��es, algumas delas j� bem constatadas, de aproveitar para colocar fogo no seu carro que estava abandonado, aproveitar para colocar fogo em um caminh�o e quem sabe o seguro possa cobrir. [S�o] crian�as brincando de incendiar colch�es e acabam por colocar fogo na casa”, disse � Ag�ncia Brasil.
Ele destacou, no entanto, que os ataques relacionados a ordens de fac��es criminosas permanecem. “Algumas pris�es est�o sendo feitas com identifica��o de pessoas que estavam liderando esse processo criminoso, de maneira com que esses ataques est�o sendo fortemente coibidos”. Ontem, em Joinville, seis pessoas suspeitas de participa��o nos atos violentos foram presas preventivamente. Com isso, 30 pessoas foram detidas desde o in�cio das ocorr�ncias, no dia 30 de janeiro.
O comandante confirma que a ordem para essa nova s�rie de ataques est� partindo de membros de uma fac��o criminosa que atua dentro de pres�dios do estado. “Alguns desses criminosos est�o dentro dos pres�dios e outros est�o nas ruas. Todos n�s sabemos que as ordens saem das pris�es por meio das sa�das tempor�rias que os detentos fazem e por pessoas que, de uma forma ou de outra, fazem contato com o mundo penitenci�rio.”
Os locais escolhidos para os ataques, que s�o recorrentes na regi�o do Vale do Itaja�, est�o relacionados � proximidade com pres�dios, segundo ele. “Na Sala de Situa��o da PM, para onde convergem as m�ltiplas informa��es, h� uma linha de racioc�nio comum que � a de relacionar o ato com os pres�dios”. Ele destacou Joinville como cidade onde est�o sendo registrados mais ataques. “Na vez passada, nos ataques de novembro, tivemos uma situa��o demarcada em Florian�polis. Nesta ocasi�o, Joinville tem sido o local com mais epis�dios, talvez porque seja a maior cidade do estado.”
Durante os ataques de novembro, surgiram den�ncias de maus-tratos na Penitenci�ria S�o Pedro de Alc�ntara, localizada em Florian�polis. Na �poca, equipes da Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica estiveram no local vistoriar e apurar poss�veis casos de tortura. Nesta nova s�rie de atentados, o Pres�dio Regional de Joinville � alvo de inqu�rito que investiga abusos cometidos por agentes penitenci�rios durante uma opera��o pente-fino no dia 18 de janeiro.
Imagens do circuito interno do pres�dio, divulgadas pela imprensa no �ltimo dia 2, mostram que os agentes usaram balas de borracha e g�s de pimenta contra os detentos, mesmo com eles em situa��o de controle.