
Motoristas e cobradores de �nibus da regi�o metropolitana de Florian�polis (SC) decidiram, em assembleia nesta quinta-feira, que s� v�o trabalhar enquanto houver luz do dia. A jornada, que deve come�ar por volta das 7h e se estender at� as 19h, valer� a partir de sexta-feira.
De acordo com o secret�rio de comunica��o e imprensa do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Urbano da Grande Florian�polis (Sintraturb), Dion�sio Linder, a categoria, que re�ne 4.500 trabalhadores, est� apreensiva e teme “maiores danos” em fun��o dos ataques que ocorrem em Santa Catarina desde o dia 30 de janeiro.
“Todo dia tem um ataque em um lugar diferente. A Pol�cia Militar est� fazendo seu papel, escoltando os �nibus, mas os atos de viol�ncia n�o param e estamos enfrentando uma situa��o arriscada. Depois que acontecer um mal maior, n�o vai adiantar chorar pelo leite derramado”, disse.
Para Linder, a defini��o de um hor�rio reduzido de circula��o dos coletivos de forma padronizada vai ajudar a popula��o a se organizar.
“O que acontece hoje � que tem empresa que tira [o �nibus] de circula��o �s 20h, outras, �s 22h, outras �s 19h e ningu�m sabe direito. Agora, todo mundo sabe: s� estaremos em circula��o enquanto durar a luz do dia”, destacou, acrescentando que 1.100 �nibus de nove empresas circulam na regi�o metropolitana de Florian�polis.
De acordo com a Pol�cia Militar, na madrugada de hoje, um caminh�o foi incendiado em Tubar�o, no sul de Santa Catarina. Com a ocorr�ncia, subiu para 98 o n�mero de atentados em 30 cidades catarinenses desde o dia 30 de janeiro. No per�odo, 37 �nibus foram incendiados.
As autoridades ligadas � �rea de seguran�a p�blica mant�m sigilo sobre os detalhes das a��es para conter a onda de viol�ncia no estado. No fim da tarde dequarta-feira, o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, reuniu-se com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, em Florian�polis. De acordo com o Minist�rio da Justi�a, ele voltou a colocar as tropas da For�a Nacional de Seguran�a � disposi��o do estado, mas n�o foram revelados detalhes sobre a quantidade de homens que poderiam ser enviados ou como seria a atua��o deles.
Na reuni�o, as autoridades tamb�m discutiram a transfer�ncia de presos de fac��es criminosas que atuam dentro do sistema prisional para unidades de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), conforme anunciado na semana passada. As autoridades alegam que, “por medida de seguran�a”, n�o ser�o reveladas poss�veis datas para a a��o nem os locais para onde os presos ser�o levados.
Segundo o minist�rio, as informa��es dos acertos entre o governo estadual e a pasta n�o est�o sendo divulgados para n�o comprometer o objetivo das a��es para conter a onda de viol�ncia.