Caminhada em frente � Pra�a dos Tr�s Poderes encerram as atividades do 1� Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil (foto: Marcello Casal Jr/ABr)
Para marcar o encerramento do 1� Encontro Nacional do Movimento das Mulheres Camponesas, cerca de 3 mil participantes fizeram nesta quinta-feira uma caminhada na Esplanada dos Minist�rios. Elas sa�ram da catedral �s 9h30, passaram em frente � Pra�a dos Tr�s Poderes e se concentraram em frente ao Congresso Nacional. No gramado do Congresso, elas plantaram v�rios s�mbolos com nomes impressos de mulheres mortas pela viol�ncia.
Segundo a dirigente Nacional do Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Adriana Mezadri a marcha tem tr�s objetivos principais.%u201CQueremos denunciar a viol�ncia praticada contra as mulheres. N�s n�o podemos mais permitir tantos assassinatos de mulheres no Brasil. A outra quest�o � a produ��o dos alimentos saud�veis, queremos recursos subsidiados j� que produzimos 70% dos alimentos que v�o para a mesa do brasileiro. E tamb�m garantir o sal�rio maternidade para as trabalhadoras [do campo]%u201D.
Crian�as e jovens tamb�m participaram da manifesta��o. A estudante de hist�ria Tha�s Paz, de 20 anos, filha de camponesa disse que a participa��o dos jovens � fundamental nesses movimentos. %u201CA gente entende que em todos os movimentos sociais a juventude � o que d� for�a, vida e garante a continuidade ao movimento. Lembro de uma frase de Che Guevara que dizia que o jovem que n�o � revolucion�rio � contra a gen�tica%u201D. Para Tha�s, toda a popula��o brasileira deve abra�ar essa causa. %u201CA luta feminista, a luta pela terra e a luta pela causa camponesa � de todos n�s%u201D.
A declara��o de encerramento do encontro, documento entregue aos participantes, resumiu os quatro dias do evento. %u201CO primeiro encontro Nacional confirmou a miss�o do MMC de lutar pela liberta��o das mulheres trabalhadoras de qualquer tipo de opress�o e discrimina��o; a constru��o do projeto de agricultura camponesa feminista agroecol�gico e a luta pela transforma��o da sociedade.%u201D
Com o documento as camponesas assumem o compromisso de construir rela��es de igualdade dos seres humanos com a natureza, com a produ��o agroecol�gica de alimentos diversificados, al�m de fortalecer as organiza��es populares, feministas e de trabalhadoras.%u201C� indispens�vel a luta, a organiza��o e a forma��o potencializando as experi�ncias de resist�ncia popular, onde as mulheres sejam protagonistas de sua hist�ria.%u201D