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Estado de Minas

Gil Rugai se cala diante da acusa��o


postado em 22/02/2013 09:26

Gil Rugai se calou na quinta-feira diante das perguntas da acusa��o. Suspeito de matar o pai e a madrasta h� quase nove anos, o r�u seguiu as orienta��es de seus advogados e ficou em sil�ncio diante dos questionamentos do promotor Rog�rio Zagallo. O sil�ncio come�ou por volta das 19h. Antes disso, ao juiz Adilson Simoni, o acusado se declarou inocente e disse desconhecer os motivos da den�ncia. “Sou inocente, n�o sei porque estou aqui.”

Apesar da recusa, a acusa��o queria fazer as perguntas em plen�rio para mostrar aos jurados as d�vidas que n�o seriam respondidas. A defesa protestou e o juiz decidiu que as perguntas n�o seriam lidas. O julgamento prosseguiu s� com quest�es da defesa. Para o promotor Rog�rio Zagallo, a postura de Gil ao se calar foi estranha. “Se me acusassem injustamente de matar meu pai, eu ia querer gritar ‘sou inocente’.”

Mas o jovem, que permaneceu ap�tico nos primeiros tr�s dias de julgamento, deu respostas firmes e objetivas na sess�o de perguntas da defesa. Sem gaguejar nem mudar o tom de voz, assumiu uma postura no limite entre a tranquilidade e a frieza. Aparentando em alguns momentos seguir � risca a orienta��o dos advogados, referiu-se �s v�timas como “papai” e “Lel�” e negou qualquer tipo de problema no relacionamento com o casal.

Sobre os motivos que teriam levado � morte do casal, o r�u afirmou n�o conhecer ningu�m t�o mau capaz de cometer o crime. “Quando estive preso, ficava pensando em quem poderia ter feito isso, mas estava ficando paranoico e ent�o parei de pensar.”

Contra o estere�tipo de estranho, comentou todas as atividades que praticou, como cursos superiores de Teologia, Letras, Direito e Matem�tica. Em seu curr�culo, constam ainda aulas de rafting, arco e flecha, jiu-j�tsu, bartender free-style e cl�ssico, culin�ria, entre outros.

Durante a respostas, os advogados Thiago Anast�cio e Marcelo Feller ainda tentaram desconstruir o motivo que havia levado a acusa��o a apontar Gil Rugai como o principal suspeito. No processo, o depoimento de um assistente da Refer�ncia, empresa do pai de Gil, havia afirmado que no dia 23 de mar�o de 2004, cinco dias antes do crime, Luiz Carlos havia expulsado Gil da empresa depois de uma reuni�o de quatro horas, por suspeita de desfalque financeiro. Os advogados trouxeram registros de uma esta��o radiobase (Erb) mostrando que Rugai estaria nas proximidades da Paulista naquele hor�rio.

Na quinta, depois do encerramento do j�ri, os advogados apontaram um suspeito para o caso: Aguinaldo Silva, assistente pessoal da empresa Refer�ncia, que tinha d�vida trabalhista de R$ 600 mil com a empresa, segundo Marcelo Seller. “A pol�cia nunca o investigou.”

Ainda na manh� de quinta-feira, foram ouvidas as tr�s �ltimas testemunhas. O s�cio de Gil Rugai na �poca do crime, Rudi Otto, afirmou que desconfiou do r�u assim que teve not�cias da morte do casal. O publicit�rio contou ter tido essa rea��o porque j� havia visto o acusado com uma pistola no escrit�rio que dividiam nos Jardins, fato que o deixou “desconfort�vel”. A arma seria guardada por Gil em uma valise - chamada por ele de “mala de fuga”. Nela, tamb�m havia duas facas, um canivete, uma estrela ninja e selos com �cido.

A desconfian�a levou Otto a “vasculhar” a empresa. “Procurei em tudo e a arma n�o estava mais l�”, afirmou. Em um depoimento contundente para tra�ar o perfil do r�u, o publicit�rio ainda disse que Gil estava estranho na semana do crime por ter sido afastado da empresa do pai.

A testemunha tamb�m relatou que Gil demonstrava interesse em fazer cursos de tiro e �s vezes falava mal da madrasta e do pai, com quem n�o teria “afinidade”. “Ele dizia que o pai queria dominar o mundo.” O motorista Francisco Alves e o vigia Fabr�cio dos Santos tamb�m testemunharam. Ambos disseram que ouviram os disparos, mas n�o viram ningu�m no local do crime.


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