Um m�s ap�s a trag�dia de Santa Maria, tr�s pessoas permanecem em UTI

 

 Um m�s ap�s a trag�dia que matou 239 pessoas na Boate Kiss em Santa Maria (RS), 22 pessoas seguem internadas em decorr�ncia de ferimentos provocados pelo acidente. Segundo informa��es do Minist�rio da Sa�de, tr�s desses pacientes permanecem em unidades de terapia intensiva e necessitam de ventila��o mec�nica.

No dia do inc�ndio, em 27 de janeiro, 235 pessoas morreram imediatamente ou logo depois de chegar aos hospitais da cidade. Nas semanas seguintes, mais quatro pacientes n�o resistiram �s queimaduras ou � intoxica��o provocada pela fuma�a t�xica produzida pela queima da espuma de isolamento ac�stico da boate.

A intoxica��o pela fuma�a foi a principal causa de mortes. A espuma, inapropriada para esse tipo de ambiente, produziu um g�s letal quando queimada. Segundo relatos de sobreviventes, uma fuma�a preta tomou conta de toda a boate em poucos minutos, antes mesmo que as pessoas pudessem perceber que havia fogo. A inala��o dessa fuma�a provocou o que os m�dicos chamam de pneumonite qu�mica. Os sintomas da intoxica��o foram sentidos por diversas pessoas at� cinco dias depois do epis�dio. Algumas delas foram internadas e precisaram de ventila��o mec�nica. Al�m dos intoxicados, 20 pessoas tamb�m tiveram queimaduras graves por causa do inc�ndio.

O atendimento psicol�gico �s v�timas e suas fam�lias tamb�m permanece como medida priorit�ria no Rio Grande do Sul. O Centro de Aten��o Psicossocial (Caps) de Santa Maria continua funcionando 24 horas para acolher as pessoas que apresentem sintomas de depress�o, traumas ou outros problemas psicol�gicos decorrentes da trag�dia. Um acordo foi firmado entre as secretarias Estadual e Municipal de Sa�de, o minist�rio e a Universidade Federal de Santa Maria para garantir acompanhamento cl�nico e psicossocial aos atingidos.

O Minist�rio da Sa�de tamb�m deve inaugurar em mar�o um site no qual todas as pessoas que estiveram na boate na madrugada de 27 de janeiro ser�o cadastradas. O objetivo � fazer o monitoramento da sa�de delas nos pr�ximos meses de modo a identificar poss�veis sequelas da exposi��o � fuma�a e ao trauma.