Cianeto matou v�timas da Kiss, apontam laudos

Porto Alegre, 15 - Os delegados que investigam a trag�dia de Santa Maria (RS) receberam nesta sexta-feira o �ltimo lote de laudos de necropsia das v�timas do inc�ndio da boate Kiss e viram confirmada a tese de que os 234 �bitos ocorridos no dia 27 de janeiro tiveram como causa a inala��o de cianeto e mon�xido de carbono. Outras sete pessoas que estavam na casa noturna morreram posteriormente, em hospitais, elevando o n�mero de �bitos para 241. Dos 145 feridos que necessitaram de interna��o, 126 tiveram alta e 12 continuam em tratamento em hospitais de Santa Maria e Porto Alegre.

Os laudos t�cnicos s�o uma das �ltimas etapas do inqu�rito. Havia a previs�o de que a investiga��o terminaria nesta sexta-feira, mas a conclus�o foi adiada para a segunda metade da semana que vem. Faltam ainda o laudo de an�lise da espuma de revestimento que, ao queimar, gerou a fuma�a t�xica e os depoimentos de algumas testemunhas e do empres�rio Elissandro Spohr, um dos s�cios da Kiss, marcado para a tarde de s�bado (16). O chefe da Pol�cia Civil do Estado, delegado Ranolfo Vieira J�nior, disse que os delegados que investigam o caso j� t�m convic��es sobre os indiciamentos, mas n�o divulgar�o nomes antes de remeter o inqu�rito ao Judici�rio.

A trag�dia ocorreu na madrugada de 27 de janeiro. Durante um show pirot�cnico da banda Gurizada Fandangueira a fagulha de um artefato chegou ao teto da boate e come�ou a queimar a espuma do revestimento ac�stico. O fogo espalhou-se pela casa, que n�o tinha sinaliza��o e vias de sa�da adequadas para a situa��o. Dois propriet�rios da Kiss, Spohr e Mauro Hoffmann, e dois integrantes do conjunto musical, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Augusto Bonilha Le�o, est�o presos preventivamente.

A investiga��o policial est� verificando se os quatro t�m responsabilidade direta pelo desastre e tamb�m deve identificar eventual culpa de outros integrantes da banda, s�cios formais da casa e agentes p�blicos, estes por falhas na emiss�o de alvar�s e na fiscaliza��o.