
A mulher do agente da Defesa Civil Paulo Roberto Filgueiras, de 37 anos, que morreu durante o resgate de v�timas da enchente em Petr�polis, na regi�o serrana do Rio, fez um desabafo na tarde desta segunda-feira, ao ser impedida de passar por uma entrada lateral da Catedral Metropolitana, onde ser� celebrada a missa de s�timo dia das 33 v�timas da trag�dia.
Acompanhada pelo cunhado, F�bio, que usa cadeira de rodas, e a sogra, Edna, Jennifer Filgueiras tentou seguir por um caminho mais f�cil, mas foi impedida por seguran�as da Presid�ncia da Rep�blica. "H� um desrespeito total. N�s estamos de luto e somos barradas para entrar. O que � isso? O luto das fam�lias n�o interessa. Petr�polis caiu e o interessante � receber a presidente. E a fam�lia tem que fazer um esc�ndalo para conseguir entrar na missa", desabafou Jennifer na porta lateral da igreja.
Ela contou que estava perto de Paulo Roberto quando ele foi soterrado por um deslizamento, que derrubou um muro sobre o agente. "Ele morreu salvando pessoas e esqueceu de salvar a pr�pria vida", lamentou. Jennifer disse que pretende continuar o trabalho do marido � frente da ONG Anjos da Serra, fundada h� cinco anos.
Marcada para as 17 horas, a missa s� come�ou �s 18h30, depois da chegada da presidente Dilma Rousseff.