A Secretaria Nacional de Defesa Civil decretou ontem situa��o de emerg�ncia em Petr�polis, na Regi�o Serrana do Rio de Janeiro. A decis�o foi publicada no Di�rio Oficial da Uni�o no mesmo dia em que a presidente Dilma Rousseff visitou a cidade para participar da missa em homenagem aos 33 mortos em decorr�ncia dos deslizamentos provocados pelas fortes chuvas que atingiram a regi�o na semana passada. Entre outras implica��es, a situa��o de emerg�ncia libera o poder p�blico a fazer contrata��es sem a necessidade de licita��es.
A presidente n�o conseguiu sobrevoar a regi�o em um helic�ptero, como estava previsto, devido ao mau tempo, e a missa na Catedral Metropolitana de Petr�polis come�ou com atraso. Dilma assistiu � cerim�nia acompanhada do governador S�rgio Cabral. Do lado de fora, m grupo protestava com cartazes, pedindo solu��es para que trag�dias provocadas pela chuva n�o voltem a acontecer na cidade. Logo depois da missa, a presidente se reuniu com as autoridades para definir quais medidas ser�o tomadas.
Entre os mortos na cidade est�o dois agentes da Defesa Civil. Fernandes de Lima, de 44 anos, e Paulo Roberto Filgueiras orientavam moradores a abandonar a �rea, quando uma nova avalanche arrastou um muro, que caiu sobre os dois. Eles morreram na hora. Um terceiro agente sofreu traumatismo craniano e est� internado. Para a Defesa Civil, parte das v�timas das chuvas em Petr�polis poderia ter sobrevivido se os moradores tivessem atendido o alerta das sirenes e deixado rapidamente a �rea. Em dois pontos onde houve mortes (Bingen e Lagoinha), no entanto, n�o havia sirenes, porque elas s�o classificadas como �reas de risco 3 em uma escala de 1 a 4 – os equipamentos s�o colocados apenas em regi�es com grau m�ximo de risco.
REDE COMUNIT�RIA O secret�rio de Defesa Civil e comandante do Corpo de Bombeiros, coronel S�rgio Sim�es, que participou da missa, informou ontem que a primeira unidade de prote��o comunit�ria (UPC) entrar� em funcionamento na semana que vem em Petr�polis. O objetivo � estimular os pr�prios moradores a organizar a seguran�a da comunidade contra as consequ�ncias das chuvas fortes.
“Essas unidades ser�o pontos de converg�ncia para implanta��o de uma grande rede comunit�ria de prote��o civil, onde os atores principais ser�o os agentes comunit�rios de defesa civil, contratados pelo governo do estado, e todos os outros atores que atuam comunitariamente, como os do Programa Sa�de da Fam�lia, e de outros segmentos organizados da pr�pria comunidade", afirmou, sem especificar a data exata da inaugura��o da UPC.
Os moradores contratados s�o de Petr�polis, Nova Friburgo, Teres�polis e Bom Jardim e foram capacitados para atuar dentro das suas comunidades. Ao todo, ser�o instaladas 42 UPCs, sendo 10em Petr�polis. O objetivo � que esses agentes atuem dentro de �reas consideradas de risco, onde j� existem sistemas de alarme.
Enquanto isso...
…ponte provis�ria vai er instalada em Angra
A Defesa Civil de Angra dos Reis enviou na manh� de ontem uma s�rie de documentos e informa��es ao Minist�rio da Defesa, em Bras�lia, sobre as chuvas no fim de semana no munic�pio. O �rg�o confirmou que o Ex�rcito colocar� uma ponte provis�ria no Bairro Banqueta para substituir a que foi arrastada pela enxurrada de domingo. A passagem de pedestres pela ponte j� estava proibida desde a semana retrasada, tamb�m devido a um temporal que abalou sua estrutura. A Secretaria de Obras construiu um desvio para a passagem de ve�culos. Ainda segundo o �rg�o, a situa��o em Angra dos Reis come�ou a se normalizar ap�s o temporal no fim de semana. Os moradores das 300 casas do Condom�nio Morada do Bracuhy j� retornaram aos seus im�veis.