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Estado de Minas SINAL DE ALERTA

Chegada do outono aumenta incid�ncia de casos de gripe


postado em 28/03/2013 09:14 / atualizado em 28/03/2013 09:27

(foto: Arte / EM)
(foto: Arte / EM)

J� estamos no outono, esta��o que antecede o inverno, quando as temperaturas caem e � dado o sinal de alerta para os cuidados com a sa�de. A vil� do per�odo � a gripe causada pelo v�rus influenza, doen�a altamente contagiosa, que afeta nariz, garganta e pulm�es, e pode se manifestar de forma severa e causar at� a morte. A transmiss�o ocorre por meio de got�culas expelidas pelas pessoas infectadas, quando espirram, tossem ou falam. Pode-se contrair tamb�m ao se tocar superf�cie ou objetos contaminados levando a m�o � boca, olhos e nariz. Portanto, � hora de ligar o sinal de alerta e estar vigilante para amenizar uma enfermidade t�o comum nesta �poca do ano.

No Brasil, por meio do Programa Nacional de Imuniza��es (PNI), da Secretaria de Vigil�ncia em Sa�de do Minist�rio da Sa�de, a campanha de vacina��o anunciada na ter�a-feira pelo ministro Alexandre Padilha ocorre de 15 a 26 de abril com prioridade para os grupos de risco: crian�as entre seis meses e dois anos, gestantes, maiores de 60 anos, profissionais da sa�de, ind�genas e popula��o prisional. Este ano as mulheres em puerp�rio (45 dias ap�s o parto) tamb�m est�o inclusas na campanha e devem ir aos postos. A parcela restante da popula��o que quiser se proteger ter� de procurar uma cl�nica particular.

A gripe atinge at� 15% da popula��o mundial, o equivalente a mais de 600 milh�es de pessoas, causando at� 500 mil mortes, principalmente de idosos e portadores de doen�as cr�nicas (asma, diabetes, angina, enfizema, doen�a renal cr�nica etc.), e milh�es de interna��es, de acordo com a Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS). Ou seja, um grande problema de sa�de p�blica.

Recentemente, um evento em S�o Paulo reuniu especialistas para tratar do tema, com o intuito de esclarecer a popula��o sobre os perigos da gripe. Reunidos na Faculdade de Ci�ncias M�dicas da Santa Casa de S�o Paulo, os m�dicos debateram sobre o quadro encarado desde novembro de 2012 pelos Estados Unidos, que enfrentam a pior epidemia de gripe dos �ltimos quatros anos. Tanto que os estados de Nova York (mais de 19 mil novaiorquinos) e Pensilv�nia declararam estado de emerg�ncia. A doen�a j� infectou mais de 27 mil norte-americanos.

A m�dica Nancy Bellei, professora da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de S�o Paulo, onde coordena o programa de p�s-gradua��o de viroses respirat�rias, explica que “a chegada antecipada do influenza coincidiu com a circula��o de outros v�rus, como o sincicial e o parainfluenza, atingindo a popula��o em cheio”. Um sinal vermelho e tanto para o Brasil, j� que os n�meros voltaram a crescer depois da pandemia de 2009, quando foram mais de 50 mil casos documentados. No ano passado, o H1N1 provocou 2.614 interna��es, contra 181 registradas ao longo de 2011. Entre os estados mais afetados est� Minas Gerais, com 134 casos. Os piores cen�rios foram de Santa Catarina (743), Paran� (621), Rio Grande do Sul (520), S�o Paulo (370), Mato Grosso do Sul (60) e Cear� (53).

De acordo com a Secretaria de Vigil�ncia em Sa�de do Minist�rio da Sa�de, as interna��es por essa cepa – v�rus A/H1N1 – representaram 65,5% das 4.016 causadas pela gripe. O quadro de mortes de pessoas com diagn�stico positivo para o v�rus tamb�m piorou: os n�meros subiram de 21 em 2011 para 351 em 2012, com ocorr�ncias principalmente em Santa Catarina (76), S�o Paulo (73), Rio Grande do Sul (68), Paran� (45), Minas Gerais (44), Goi�s (12) e Cear� (11).

“Em 2012, a maior taxa de �bito foi na popula��o jovem e � preciso ter aten��o com os portadores de asma, doen�a subestimada de risco para o Influenza”, destaca Nancy. Ela enfatiza o valor da vacina: “Em 2010, foram 88 milh�es de pessoas vacinadas pela campanha, o maior �ndice. Mas � preciso que saibam que depois de 14 meses ningu�m mais tem anticorpos. Precisamos do n�vel alto que ocorre em torno de oito meses, pico m�ximo de prote��o. � importante vacinar todo ano porque o v�rus � mutante. A recomenda��o dos EUA � universal para que todos se vacinem”. E refor�a: “A gripe causada pelo influenza � uma doen�a social. A tend�ncia � imprevis�vel e depende de m�ltiplos fatores”.

MITOS A m�dica L�cia Bricks, diretora de sa�de p�blica do laborat�rio Sanofi Pasteur, desmente alguns mitos que circulam entre a popula��o e, muitas vezes, impedem a vacina��o correta: “A vacina n�o causa gripe. �s vezes, ao administr�-la, o v�rus j� est� circulando e � preciso duas semanas para produzir anticorpos. As rea��es s�o transit�rias, leves e s� n�o h� como esconder que d�i um pouquinho. O profissional da sa�de que reclama de febre e dor est� errado porque impacta negativamente sobre os demais. As exce��es e rea��es al�rgicas s�o pouco comuns, casos da rara doen�a Guillain-Barr� e alergia a ovo. A recomenda��o � discutir o risco e benef�cio e aplicar a dose num lugar pr�prio e cuidadoso”.

A vacina � a forma mais eficaz para a preven��o da gripe e suas complica��es. As doses aplicadas no Brasil est�o atualizadas para proteger as pessoas com as tr�s principais cepas em circula��o no Hemisf�rio Sul: H1N1, H3N2 e o influenza B. As crian�as s�o as principais transmissoras e os idosos morrem mais. Por isso a import�ncia da prote��o indireta, que reduz o risco de infec��o para os contatos de pessoas vacinadas e n�o apenas para os vacinados. Quanto maior a propor��o de pessoas vacinadas, menor a circula��o do v�rus na comunidade.

Tanto � verdade que pesquisadora do Instituto Butantan Vera Gatt�s revelou que vacina contra a gripe em escolares protege seus familiares n�o vacinados. “A meta � a homogeneidade de cobertura. Ou seja, mais de 80% da popula��o-alvo e mais de 5 mil munic�pios brasileiros. Todos t�m acesso � vacina e nossos �ndices do programa de vacina��o s�o invejados pelo mundo”, destaca o m�dico Jos� C�ssio de Moraes, professor adjunto da Faculdade de Ci�ncias M�dicas da Santa Casa de S�o Paulo. Em 2012, o Brasil imunizou 26.034.956 pessoas ou 86% do p�blico-alvo, formado por 30.144.550 de brasileiros, resultado parcial do Minist�rio da Sa�de. A novidade de 2013 � que os seis milh�es de portadores de doen�a cr�nica v�o ter mais facilidade para se proteger, j� que poder�o receber a dose em 35 mil salas de vacina do Sistema �nico de Sa�de (SUS). At� o ano passado, esse grupo tinha de vacinar nos centros de refer�ncia de imuniza��o especial (Cries).


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