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Estado de Minas

Den�ncias de estupro aumentam 23% no RJ, diz pol�cia


postado em 03/04/2013 00:04 / atualizado em 03/04/2013 10:07

A Pol�cia Civil do Rio vai investigar casos antigos de roubos que podem ter sido praticados pelos mesmos suspeitos de assaltar e estuprar uma turista estrangeira e uma jovem brasileira dentro de uma van que circulava em Copacabana nos dias 23 e 30 de mar�o. A informa��o foi dada pelo delegado titular da Delegacia Especial de Apoio ao Turismo (Deat), Alexandre Braga, durante entrevista coletiva realizada nesta ter�a-feira.


Entre os casos a serem investigados, estaria um estupro cometido durante o carnaval - a v�tima n�o registrou queixa. Mesmo n�o havendo den�ncia de todos os casos de estupro, o Estado do Rio registrou um aumento de 23% no n�mero de ocorr�ncias denunciadas � pol�cia. Foram 6.029 casos registrados em 2012 (uma m�dia de 16 por dia), ante 4.871 no ano anterior, de acordo com o Instituto de Seguran�a P�blica (ISP).

O caso reacendeu o debate sobre a seguran�a na cidade que j� neste ano se prepara para receber grandes eventos, como a Jornada Mundial da Juventude e a Copa das Confedera��es. "Apesar de pontual, um epis�dio como este representa um sinal amarelo, uma amea�a de retrocesso a um trabalho de reposicionamento arduamente desenvolvido nos �ltimos anos", disse o presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria de Hot�is do Rio de Janeiro (Abih-RJ), Alfredo Lopes. "O fato de ser em Copacabana, bairro mais famoso do Rio, aumenta ainda mais a repercuss�o negativa".

Para o soci�logo Ignacio Cano, pesquisador do Laborat�rio de An�lise da Viol�ncia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Lav-Uerj), trata-se de um caso entre muitos. "Nem a gente tinha a cidade plenamente segura antes, nem agora a gente vive num caos por conta desse caso. H� um excesso na cobertura, como se isso representasse uma crise na seguran�a, e tamb�m � resultado de que, justamente antes, a cobertura era excessivamente otimista".

Diferen�a de tratamento

A ocorr�ncia dos dois estupros tamb�m mostrou a diferen�a de tratamento dado �s investiga��es conduzidas por duas delegacias especializadas. Em 14 horas, a Deat, onde a turista estrangeira prestou queixa, localizou e prendeu Jonathan Foudakis de Souza, de 20 anos, e Wallace Aparecido Souza Silva, de 22, e chegou ao terceiro suspeito, Carlos Armando Costa dos Santos, 21, pouco tempo depois. J� a in�rcia da Delegacia de Atendimento � Mulher (Deam) de Niter�i (regi�o metropolitana), onde a v�tima brasileira prestou queixa no dia 23, levou a chefe da Pol�cia Civil do Rio, Marta Rocha, a exonerar a titular da Deam, Marta Dominguez, e a perita Martha Pereira, diretora do Posto Regional de Pol�cia T�cnico-Cient�fica de S�o Gon�alo.

"Um crime contra turista hoje no Rio tem uma sensibilidade muito grande, portanto vai receber uma aten��o tamb�m muito elevada. Um crime s�rio contra o turista compromete, digamos, o projeto da cidade, e portanto vai receber mais aten��o", avalia Cano. "O que n�o justifica que as pessoas em condi��es normais n�o recebam um tratamento digno, r�pido e eficiente".

Para a soci�loga Jacqueline Pitanguy, diretora da ONG Cepia (Cidadania, Estudo, Pesquisa, Informa��o e A��o), tais falhas colocam a mulher e o cidad�o brasileiro em uma situa��o muito vulner�vel. "O caso da brasileira � dram�tico. � muito dif�cil fazer grada��es do horror, porque os dois s�o horr�veis, mas a brasileira denunciou imediatamente, ela foi a uma delegacia, e n�o foi acolhida. Isso triplica a sensa��o de vulnerabilidade".


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