Sao Paulo, 08 - Para evitar vingan�as praticadas por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), a advogada Ieda Ribeiro de Souza, que vai defender os 26 policiais militares que come�am a ser julgados nesta segunda-feira, no F�rum Criminal da Barra Funda, a partir das 9 horas, conseguiu que a Justi�a proibisse a divulga��o do nome dos r�us e da posi��o que hoje eles ocupam na corpora��o. Os PMs s�o acusados de matarem 15 presos no 2º Pavimento do Pavilh�o 9 em outubro de 1992. O pedido de sigilo foi feito no ano passado e acatado pela Justi�a, depois dos in�meros atentados a policiais militares, que provocaram 107 mortes.
Parte dos ataques foi praticada por integrantes do PCC. "� uma medida de preven��o que se justifica, j� que a morte de PMs deixou muita gente tensa", diz a advogada. Ela calcula que pelo menos um ter�o dos PMs que ser�o julgados continua na ativa. Os julgamentos do massacre v�o ocorrer separadamente. A estimativa � que sejam separados por intervalos de quatro meses. Neste primeiro j�ri s�o 26 acusados de matar 15 presos.
O pr�ximo, que deve ocorrer somente no segundo semestre deste ano, h� um comandante e 29 policiais militares acusados de matarem 78 pessoas no segundo pavimento. Em ambos, os acusados eram da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) - corpora��o respons�vel pelo maior n�mero de v�timas no massacre do Carandiru. Nos 3.º e 4.º pavimentos atuaram os demais r�us, acusados de mais 18 mortes e 5 les�es. Os policiais eram do Comando de Opera��es Especiais (COE) e do Grupo de A��es T�ticas Especiais (Gate). Ao todo, em todas as sess�es, ser�o julgados 79 r�us acusados de homic�dios.