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Estado de Minas

Sem For�a Nacional, seguran�a e obras de Belo Monte estariam comprometidas, diz cons�rcio


postado em 12/04/2013 20:53

Sem a presen�a da For�a Nacional, a seguran�a de trabalhadores e o cronograma previsto para as obras da Usina Hidrel�trica de Belo Monte poderiam estar comprometidos, avalia o Cons�rcio Construtor Belo Monte (CCBM). Desde o in�cio da obra, em junho de 2011, o cons�rcio contabiliza pelo menos 15 epis�dios de conflitos como inc�ndios, invas�es e depreda��es, al�m de paralisa��es.

“A import�ncia desse empreendimento para o pa�s, por si s�, j� justificaria a presen�a da For�a Nacional. Al�m disso, pela grandeza do empreendimento, que tem atualmente 22 mil trabalhadores, esta � uma seguran�a a mais que damos para esses brasileiros”, disse � Ag�ncia Brasil o diretor administrativo do CCBM, Marcos Luiz Sordi.

O preju�zo financeiro ainda n�o pode ser mensurado, por depender de c�lculos das seguradoras. Apesar disso, estimativas apresentadas em agosto de 2012 � Ag�ncia Brasil pela Norte Energia, empresa respons�vel pela constru��o e opera��o da usina, apontavam que cada dia de paralisa��o total da obra representa um preju�zo de R$ 12 milh�es – ou R$ 360 milh�es por m�s.

Para evitar que manifesta��es – algumas delas, segundo o pr�prio CCBM, motivadas pela disputa entre sindicatos pela representatividade dos mais de 20 mil trabalhadores da obra – aumentem o preju�zo, inviabilizem o empreendimento ou coloquem em risco a seguran�a dos trabalhadores, o governo federal publicou, no dia 25 de mar�o, uma portaria que autorizou o envio da For�a Nacional � regi�o . A portaria oficializou a atua��o da For�a Nacional em grandes obras.

Segundo o documento, o objetivo � "garantir incolumidade das pessoas, do patrim�nio e a manuten��o da ordem p�blica nos locais em que se desenvolvem as obras, as demarca��es, os servi�os e demais atividades atinentes ao Minist�rio de Minas e Energia". O Minist�rio da Justi�a (MJ) informou que a For�a Nacional n�o faz em Belo Monte qualquer interfer�ncia na rela��o entre empresas e trabalhadores e que ela atua em mais seis opera��es no Par�.

Atualmente a For�a Nacional est� presente nos canteiros de Pimental e de Canais e Diques, enquanto a Pol�cia Militar (PM) garante a seguran�a dos demais canteiros (Belo Monte e Bela Vista). No total, a Usina de Belo Monte tem quatro canteiros de obras. “Em diversos momentos os pr�prios oper�rios manifestaram inseguran�a para trabalhar diante da atua��o de uma pequena minoria que promove e incita conflitos, mas temos de entender que s�o atos isolados”, disse o comandante regional da PM de Altamira, Coronel Paulo Garcia.

A t�tulo de exemplo, o comandante citou o caso de um funcion�rio que foi encontrado com dinamite no S�tio Belo Monte, onde ocorreram as �ltimas manifesta��es. “Felizmente conseguimos contornar a situa��o, mas para qu� eles queriam dinamite dentro de um alojamento? Imagina um acidente com esse material em um local com milhares de pessoas”, disse.

O coronel negou qualquer tipo de a��o truculenta por parte da PM contra trabalhadores. “Nossos homens trabalham apenas com armas n�o letais, principalmente em locais de maior concentra��o [de trabalhadores], n�o para reprimir, mas para garantir a seguran�a das pessoas”. Segundo o CCBM, n�o h� qualquer registro de viol�ncia policial envolvendo a For�a Nacional.

As primeiras m�quinas destinadas �s obras chegaram a Altamira em junho de 2011. Segundo o CCBM, em outubro ocorreu a primeira manifesta��o de maior propor��o, quando manifestantes ligados a organiza��es n�o governamentais contr�rias � hidrel�trica obstru�ram o acesso ao S�tio Belo Monte.

Em novembro, pela primeira vez os trabalhadores entraram em greve. No ano seguinte, em janeiro, ambientalistas invadiram o S�tio Pimental e, em mar�o, uma nova greve de trabalhadores foi iniciada. Uma outra invas�o, seguida de depreda��o, danificou, em junho, o escrit�rio administrativo do S�tio Belo Monte. O CCBM informou ter constatado ainda furtos de equipamentos.

Em julho, nova paralisa��o da produ��o no S�tio Pimental devido a uma ocupa��o de ind�genas na Ilha Marciana, e em setembro pescadores impediram o acesso fluvial do CCBM � �rea de constru��o do Sistema de Transposi��o de Embarca��es nas Ilhas de Serra e Pedra do S�tio Pimental. Nova invas�o de ind�genas ocorreu em outubro, paralisando as atividades no S�tio Pimental, e em novembro um movimento de trabalhadores depredou e incendiou instala��es e ve�culos no S�tio Belo Monte.

No in�cio de 2013, uma outra a��o promovida por ind�genas impediu novamente o acesso ao S�tio Pimental. Em mar�o, produtores rurais e ind�genas ocuparam e paralisaram as obras no mesmo canteiro. No mesmo m�s um homem foi encontrado com dinamite no S�tio Belo Monte, e novas depreda��es e inc�ndios de alojamento foram registrados neste s�tio e em Canais e Diques. Em abril, a Central Sindical Popular (Conlutas) invadiu canteiros e paralisou a produ��o nos s�tios Belo Monte e Pimental.


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