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Estado de Minas

Pais devem evitar presentear filhos com armas de brinquedo, diz pedagoga


postado em 15/04/2013 21:01 / atualizado em 15/04/2013 21:04

Espada, estilingue e rev�lver de pl�stico. A utiliza��o dessas e de outras armas de brinquedo n�o � fator determinante, isoladamente, para a forma��o de um car�ter violento nas crian�as. A avalia��o � da coordenadora do N�cleo de Cultura e Pesquisas do Brincar da Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo (PUC-SP), Maria �ngela Barbato Carneiro. Segundo ela, que � pedagoga, o problema � o incentivo ao uso desses objetos em um contexto social j� caracterizado por est�mulos �s mais variadas formas de viol�ncia.

“As armas de brinquedo s�o utilizadas para reproduzir a imagem do bem e do mal, do her�i e do ladr�o. Faz parte do desenvolvimento, da representa��o pr�pria da fase. A quest�o torna-se complexa quando o est�mulo � arma de brinquedo ocorre em um contexto como o que vivemos atualmente, em que ela representa um est�mulo a mais � viol�ncia”, disse.

No Dia do Desarmamento Infantil, foi lan�ada a campanha "Arma n�o � brinquedo: d� livros", no Distrito Federal. O objetivo � incentivar as crian�as a trocar armas de brinquedo por livros.

Maria �ngela Carneiro defende que os pais e respons�veis evitem presentear as crian�as com armas de brinquedo ou as induzam a colecion�-los, por exemplo, mas argumenta que “caso apare�am” o ideal � que o comportamento seja observado, para verificar se h� uma conota��o mais violenta. “� importante observar que o fato de n�o ter uma arma em m�os n�o significa que outro objeto n�o possa ser transformado, segundo a imagina��o das crian�as, em algo similar a uma arma. O respons�vel, seja ele professor, av�, pai ou m�e deve observar qual � o intuito de sua utiliza��o e de que forma ele aparece na brincadeira para definir o tipo de orienta��o que deve ser dada”, enfatizou.

A pedagoga acrescentou que esse tipo de brinquedo exerce certo fasc�nio, especialmente, sobre os meninos porque, em geral, reproduzem elementos da realidade � sua volta.

“Eles assistem a v�deos, filmes, desenhos animados em que se utilizam armas com diversos efeitos e as crian�as representam o que veem, o que � pr�prio da idade”, disse. “Tamb�m h� uma quest�o de g�nero envolvida, j� que a figura masculina sempre esteve associada � oportunidade da defesa, ao direito da luta, de ir � guerra”, acrescentou.

Para ressaltar, no entanto, que nem sempre a crian�a consegue dissociar do imagin�rio a arma de brinquedo do equipamento real, ela citou um estudo conduzido pelo n�cleo que coordena. Na experi�ncia, as crian�as deveriam escolher entre v�rios brinquedos um que gostaria de ganhar. Um dos meninos escolheu o videogame, mas ao perceber que o controle usado para jogar assemelhava-se � uma arma, a crian�a ficou extremamente incomodada e acabou recuando.

“Ao conversarmos com o pai do menino, descobrimos que a fam�lia havia sido assaltada recentemente e, provavelmente, o objeto provocou n�o s� o constrangimento, mas a volta � uma situa��o de risco que ele n�o tinha superado”, disse.


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