PF prende carteiros no Rio acusados de ajudar em golpe pela internet

A Pol�cia Federal (PF) prendeu nesta quinta-feira 13 pessoas, dentre elas seis carteiros, acusadas de fazer parte de uma quadrilha que comprava produtos na internet de forma fraudulenta no Rio de Janeiro. As investiga��es da opera��o, batizada de Delivery, come�aram em 2010. A estimativa da PF � que a quadrilha tenha causado preju�zos da ordem de R$ 3 milh�es a operadoras de cart�o de cr�dito e lojas virtuais.

A maioria dos presos mora na cidade de Niter�i, regi�o metropolitana do Rio, mas um mandato de pris�o foi cumprido em S�o Paulo e outro em Araruama, Regi�o dos Lagos, de acordo com a Pol�cia Federal. Segundo a PF, o chefe da quadrilha � um estudante de direito morador de S�o Gon�alo, munic�pio vizinho a Niter�i. A Pol�cia Federal explicou que o crime era cometido a partir de dados de cart�es de cr�dito roubados por meios de hackers - especialistas em inform�tica capazes de modificar programas e redes de computadores, al�m de contornar barreiras de acesso de sistemas - que a quadrilha utilizava para fazer compras online. Os funcion�rios dos Correios e entregadores de transportadoras eram encarregados de identificar as mercadorias com os endere�os fict�cios, que faziam parte das rotas dos envolvidos, e entreg�-las aos criminosos. Os carteiros e entregadores recebiam pelo servi�o ilegal um valor proporcional ao da mercadoria. Os produtos eram geralmente notebooks, tablets, aparelhos celulares, TVs de plasma e de LED, entre outros. Tudo era revendido a receptadores ou por meio de sites que hospedam an�ncios de vendas por valores abaixo do mercado. Os presos foram encaminhados para o Pres�dio Ari Franco, em �gua Santa, sub�rbio do Rio. Os investigados v�o responder pelos crimes de furto, recepta��o, corrup��o passiva, peculato e forma��o de quadrilha, previstos respectivamente nos artigos 155, 180, 317, 312 e 288 do C�digo Penal. A assessoria de imprensa dos Correios do Rio de Janeiro informou por e-mail que ainda aguarda o comunicado da Pol�cia Federal sobre os empregados envolvidos na opera��o para adotar as medidas administrativas cab�veis. A empresa disse ainda que %u201Cage em parceria com os �rg�os de seguran�a federal e estadual, fornecendo informa��es necess�rias �s investiga��es que s�o realizadas%u201D.