Bras�lia – As dificuldades vividas pelos imigrantes haitianos � tema de uma reuni�o de autoridades do Brasil, Haiti, da Rep�blica Dominicana, do Peru, Equador e da Bol�via no pr�ximo dia 13, em Bras�lia. A ideia � buscar um esfor�o conjunto para controlar as �reas de fronteira e impedir a a��o dos intermedi�rios, os chamados coiotes – que cobram pela travessia de imigrantes. A reuni�o ocorre tr�s semanas depois de o governo brasileiro promover uma for�a-tarefa em Brasileia, no Acre, para regularizar a situa��o dos imigrantes.
O diretor do Departamento de Imigra��o e Assuntos Jur�dicos do Minist�rio das Rela��es Exteriores, o diplomata Rodrigo do Amaral Souza, que esteve no Acre e conversou com os imigrantes e com as autoridades, disse � Ag�ncia Brasil que � fundamental unir esfor�os entre os pa�ses envolvidos na migra��o de haitianos para evitar que eles sejam v�timas da explora��o e da falta de perspectivas.
“A for�a-tarefa, promovida por v�rios �rg�os do governo [do Brasil], mostrou avan�os. Mas os efeitos s�o observados paulatinamente”, ressaltou Amaral. “O nosso empenho agora � trabalhar para resolver os agendamentos que existem na Embaixada do Brasil em Porto Pr�ncipe [capital do Haiti] o mais r�pido o poss�vel.”
Com o fim do limite de concess�o de 100 vistos por dia para os haitianos, conforme resolu��o publicada no Di�rio Oficial da Uni�o no �ltimo dia 29, Amaral disse que a expectativa � conceder os vistos j� solicitados at� dezembro. A resolu��o tamb�m acabou o limite de 1.700 vistos por ano. At� abril, havia pedidos agendados na Embaixada do Brasil no Haiti at� junho de 2014. Nos primeiros dias da for�a-tarefa do governo brasileiro, 1.193 imigrantes cadastrados receberam protocolos de ref�gio. De acordo com dados oficiais, 876 imigrantes t�m CPF e 1.048 est�o aptos para trabalhar no Brasil.
Amaral lembrou que a preocupa��o em conter os coiotes e buscar a regulariza��o dos imigrantes n�o se limita apenas aos haitianos, mas tamb�m aos senegaleses, dominicanos, nigerianos e cidad�os de Bangladesh, do Paquist�o e de Sri Lanka, que chegam ao Brasil pelo do Norte do pa�s. “Esse movimento migrat�rio existe desde 2010, mas se intensificou nos �ltimos meses com a chegada dos haitianos”, disse o diplomata.