S�o Paulo - A Justi�a autorizou a exuma��o do corpo da secret�ria executiva Hiromi Sato, de 57 anos, morta pelo namorado, o advogado S�rgio Brasil Gadelha, de 74 anos, no apartamento do casal em Higien�polis, regi�o central de S�o Paulo, em 20 de abril. O pedido foi feito pela promotora Solange Azevedo Beretta da Silveira, que classificou o exame feito por peritos do Instituto de Criminal�stica como "omisso, obscuro e contradit�rio".
Ao analisar o pedido, o juiz Alberto Anderson Filho, da 1ª Vara do Tribunal do J�ri da capital, concordou com a promotora. "O laudo � pobre de detalhes e as conclus�es a que chega o perito s�o t�nues e prec�rias, insuficientes para a boa elucida��o dos fatos", escreveu o juiz em sua decis�o. A promotora afirma que o perito deixou de analisar alguns detalhes que podem esclarecer o hor�rio e a causa da morte. Solange diz que o perito ignorou "v�rios sinais indicativos de asfixia".
A promotora tamb�m pediu que a Justi�a determine a realiza��o de uma reconstitui��o do crime. Hiromi e Gadelha discutiram no fim da tarde do dia 20 de abril, um s�bado, porque a v�tima teria encontrado um ex-namorado. O advogado confessou que bateu na mulher e que chegou a utilizar um cinto. Depois, asfixiou Hiromi. Gadelha afirma que dormiu com a v�tima e que, na manh� seguinte, ela chegou a interagir com ele, ao n�o aceitar a comida que ele oferecia.
A pol�cia s� foi avisada no fim da noite de domingo, quando uma filha de Gadelha chegou ao apartamento. O Minist�rio P�blico denunciou o acusado por homic�dio com tr�s qualificadoras: motivo torpe, emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da v�tima, "efetuando manobras asfixiantes e desferindo, violentamente, diversos golpes contra a companheira que culminaram na morte dela", segundo o texto. Gadelha est� cumprindo pris�o domiciliar em uma cl�nica terap�utica desde 29 de abril.