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Estado de Minas

Obras da Copa e das Olimp�adas j� causaram a remo��o de 3 mil fam�lias no Rio


postado em 16/05/2013 07:36

Rio de Janeiro – As obras de infraestrutura e constru��o de equipamentos esportivos para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimp�adas de 2016 j� causaram a remo��o de 3 mil fam�lias na cidade e mais 7 mil est�o amea�adas. O dado consta do 2º Dossi� Megaeventos e Viola��es de Direitos Humanos no Rio de Janeiro, divulgado hoje (15) pelo Comit� Popular da Copa e Olimp�adas.

De acordo com Orlando Santos Junior, professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ippur-UFRJ), representante do comit�, a tend�ncia de remo��o verificada na primeira edi��o do dossi�, lan�ado em abril do ano passado, tende a aumentar.

“Pelo n�mero de fam�lias amea�adas e, ainda, pela aus�ncia de informa��es sobre as grandes interven��es em curso. Por exemplo, n�o se tem informa��o sobre o tra�ado dos BRTs [corredor exclusivo para o tr�fego r�pido de �nibus], que est�o sendo constru�dos na cidade. Ent�o, esse n�mero tende a crescer. � um aspecto que chama a aten��o”, disse.

O professor destacou, ainda, a falta de transpar�ncia nos projetos, j� que os sites dispon�veis hoje n�o trazem informa��es “fundamentais para que haja o controle social”, como o tra�ado das obras e as empresas contratadas. “Ent�o o que o comit� est� propondo n�o � nada al�m do que um conjunto de medidas que objetivam, efetivamente, assegurar os direitos humanos, assegurar os direitos da popula��o, enfim, assegurar a democracia e a participa��o de todos nas decis�es relativas � Copa e �s Olimp�adas”.

As fam�lias removidas reclamam que foram levadas para locais distantes e sem estrutura. Outras denunciam que as indeniza��es pagas ficaram muito abaixo do valor de mercado do im�vel onde moravam. � o caso da fam�lia de Ravel, jogador de v�lei de praia, removida da casa onde morava na comunidade Largo do Tanque, na zona oeste.

A m�e de Ravel, Rosilene Gon�alves da Silva, disse que a indeniza��o paga foi muito abaixo do esperado e a fam�lia foi para um local mais perigoso. “Foi muito dif�cil para a gente, desgastante demais. Eles queriam dar R$ 18 mil para a gente sair de l�, sem ter como comprar outra moradia. Atualmente, a gente est� na Estrada da Covanca. N�o est� como a gente gostaria que estivesse, ficou mais dif�cil para todo mundo, tem que chegar cedo, n�o pode chegar tarde, porque l� � pr�ximo a uma �rea de risco, tem tiroteio”, declarou.

A Secretaria Municipal de Habita��o (SMH) informou, por meio de nota, que “a prefeitura vem conduzindo os processos de reassentamento da maneira mais democr�tica, respeitando os direitos de cada fam�lia”, seguindo o Decreto 34.522 de 2011, que estabelece “regras claras, baseadas nos direitos humanos e na busca da moradia digna”.


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