Santos, 21 - O beb� Lucas Pereira Abr�o, de 45 dias, morreu na madrugada de segunda-feira, 20, na Santa Casa de Miseric�rdia de Santos, ap�s a fam�lia lutar para remover a crian�a at� o Instituto do Cora��o, em S�o Paulo, onde o beb�, que nasceu com uma cardiopatia cong�nita, passaria por uma cirurgia card�aca. A vaga no hospital paulistano estava garantida e, para que o beb� fosse removido com seguran�a, a fam�lia obteve uma liminar na Justi�a para que o governo do Estado o removesse de helic�ptero at� a capital.
Por n�o contarem com o dinheiro para contratar um helic�ptero, cerca de R$ 5.700, os pais do beb�, Georgia de Paula Gimenes e Rodrigo Romeiro Abr�o, recorreram � Defensoria P�blica de Santos para conseguir a transfer�ncia. O mandado de intima��o foi assinado pelo juiz Evandro Renato Pereira, da Vara da Inf�ncia e da Juventude, no in�cio da semana passada.
Com a morte do beb�, o pai de Lucas j� anunciou que pretende entrar com a��o contra o Estado. "Foi um absurdo o que fizeram com a vida do meu filho porque o tempo todo ficou patente o jogo de empurra por parte do governo do Estado", acusa Abr�o.
Caso
O menino estava internado na Santa Casa desde o dia 1º, quando os m�dicos informaram aos pais que s� uma cirurgia poderia cur�-lo e que o procedimento s� poderia ser feito na capital paulista, uma vez que a Santa Casa n�o possui uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para esse fim.
Na sexta-feira, 17, o Departamento Regional de Sa�de da Baixada Santista afirmou que, de acordo com informa��es prestadas pela Santa Casa, a crian�a n�o apresentava condi��es cl�nicas nem para o procedimento cir�rgico e nem para remo��o. De acordo com nota emitida pela Secretaria da Sa�de, a Central de Regula��o de Oferta de Servi�o de Sa�de (Cross), o beb� apresentava s�ria infec��o no s�bado, 18, impossibilitando sua transfer�ncia para outra unidade de sa�de, conforme protocolos cl�nicos.
A Central de Regula��o esclarece ainda que em momento algum a Santa Casa de Santos encaminhou laudo informando sobre a melhora do quadro cl�nico do paciente que permitisse sua remo��o para atendimento na capital. "Nos boletins repassados, consta que havia quadro infeccioso vigente e que o beb� respirava apenas com a ajuda de aparelhos, havendo contraindica��o da equipe para a corre��o cir�rgica imediata".