A cidade de S�o Paulo teve um aumento de 20,8% no n�mero de estupros nos primeiros quatro meses deste ano em compara��o com o mesmo per�odo do ano passado. De janeiro a abril, foram 1.113 casos na capital - m�dia de nove por dia.
Mas, para Gislaine Caresia, presidente da Comiss�o da Mulher Advogada da se��o paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), a maioria dos estupros � de familiares e vizinhos. Ataques de rua t�m propor��o menor.
Outra justificativa dada por Grella para a alta nos estupros � uma lei de 2009 que alterou outra lei sobre viol�ncia sexual e considera atentado violento como estupro. Para o especialista em seguran�a T�lio Kahn, por�m, o efeito da nova lei n�o existe mais.
O secret�rio disse tamb�m que mais v�timas est�o denunciando um crime tradicionalmente subnotificado. "Houve crescimento dos registros em todo o Pa�s. Pode at� ser uma conscientiza��o, mas n�o d� para afirmar sem ter uma pesquisa de vitimiza��o", diz Kahn.
Nesta sexta-feira (24), foi a primeira vez em que Grella deu coletiva � imprensa sobre as taxas mensais da criminalidade desde que assumiu o cargo, em novembro. O destaque do discurso foi a primeira queda dos homic�dios em nove meses. "Nunca me neguei a falar sobre os �ndices, sempre fomos transparentes."
A transpar�ncia com estat�sticas ser� a base de um projeto de oferecer b�nus a policiais pela redu��o dos �ndices criminais, anunciado nesta semana pelo governo. "Se houver uma queda brusca de registro de ocorr�ncias em um distrito, � um sinal de que temos de averiguar o que est� acontecendo", afirmou Grella. O secret�rio disse que o projeto est� em elabora��o.