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Estado de Minas

Crack causa 50% mais mortes de neur�nios que coca�na, diz pesquisa da USP


postado em 26/05/2013 11:43

Um estudo da Universidade de S�o Paulo (USP) mostra que o aquecimento de dois componentes que formam o crack, o �ster metilecgonidina (Aeme) e a coca�na, aumenta em 50% a morte de neur�nios em usu�rios, quando comparado ao consumo isolado das duas subst�ncias. O crack � produzido a partir da mistura da pasta de coca�na, bicarbonato de s�dio e �gua, sendo que o Aeme � um produto da queima, ocorrida quando o usu�rio fuma a pedra de crack, explica a professora do Departamento de An�lises Cl�nicas e Toxicol�gicas da Faculdade de Ci�ncias Farmac�uticas da USP, Tania Marcourakis, respons�vel pela pesquisa.

Segundo a pesquisadora, o objetivo do estudo era conhecer melhor o Aeme, que � usado no meio m�dico como marcador biol�gico do uso do crack. Ela explica que a presen�a do �ster metilecgonidina em um organismo permite, por exemplo, deduzir a causa de uma morte pelo uso da droga. “A nossa pergunta foi: ser� que essa subst�ncia � s� um marcador biol�gico ou ela tamb�m � ativa?”, disse. A partir desse questionamento, os cientistas pretendem investigar se o Aeme associado � coca�na, al�m de provocar um n�vel maior de morte de neur�nios, participa tamb�m da depend�ncia qu�mica do crack.

“A gente sabe que o crack tem um potencial devastador no usu�rio, muito maior que a coca�na nas outras formas de administra��o. Sabemos que [a droga] leva � depend�ncia mais r�pido. Mas a gente ainda precisa concluir os trabalhos”, disse Marcourakis. O que se sabe, por enquanto, � do alto potencial de neurotoxicidade do Aeme associado � coca�na. Embora n�o haja comprova��o, a pesquisadora acredita que o resultado dessa grande morte de neur�nios pode ser, no longo prazo, uma predisposi��o maior � dem�ncia e a outros problemas cognitivos.

“Isso pode n�o se manifestar na idade jovem, porque voc� tem mecanismos pl�sticos [facilidade em compensar a perda neuronal] que podem dar conta disso dentro da idade adulta, nos jovens, adolescentes. Mas, na velhice, j� tem uma perda neuronal [natural] e esses mecanismos n�o est�o t�o eficientes”, explica Marcourakis.

Como os estudos foram feitos apenas a partir de cultura de neur�nios in vitro, os danos reais provocados pelo crack no c�rebro do ser humano ainda s�o desconhecidos. Marcourakis acrescenta que, por se tratar de uma droga relativamente recente, ainda n�o � poss�vel estudar as suas consequ�ncias no c�rebro de viciados ao longo de muitos anos.


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