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Estado de Minas

�ndios anunciam sa�da de Belo Monte, mas amea�am voltar


postado em 03/06/2013 15:48

Os �ndios que ainda ocupam o escrit�rio do principal canteiro de obras da Usina Hidrel�trica de Belo Monte, a 55 quil�metros de Altamira (PA), prometem deixar o local nesta ter�a-feira (4) para viajar a Bras�lia e se reunir com representantes do governo federal, disse hoje um dos l�deres da manifesta��o ind�gena, Valdenir Munduruku.

“Todos vamos deixar o canteiro amanh� para conversar com o governo federal, em Bras�lia. Dependendo da conversa, das respostas do governo, vamos ver o que fazer”, afirmou Valdenir a Ag�ncia Brasil. De acordo com Valdenir, os �ndios negociam com o governo levar � capital federal ao menos 140 dos 150 �ndios que permanecem no canteiro S�tio Belo Monte, ocupado h� uma semana. O transporte a�reo do grupo vai ser custeado pelo governo federal. A rela��o nominal dos �ndios, contudo, ainda n�o foi entregue � representante do governo federal em Altamira, respons�vel por coordenar a viagem.

Segundo Valdenir, se os �ndios n�o considerarem satisfat�rio o resultado da reuni�o com representantes da Secretaria-Geral da Presid�ncia da Rep�blica e dos minist�rios da Justi�a e de Minas e Energia, canteiros de obras de Belo Monte poder�o voltar a ser ocupados nos pr�ximos dias.

“Sabemos que o principal interesse do governo � concluir as obras o mais r�pido poss�vel e que nossa posi��o atrapalha isso, mas esperamos que atenda �s nossas reivindica��es. Queremos sair da reuni�o com um bom resultado, com respostas concretas. Dependendo da conversa, vamos voltar a ocupar, fazer outra manifesta��o para continuar lutando por nossos direitos”, amea�ou Valdenir, explicando que um “outro grupo” ind�gena que estava prestes a viajar para se juntar aos manifestantes que ocupam o canteiro estar� a postos, aguardando o resultado da reuni�o. “Conforme a decis�o que tomarmos, podemos pedir para estas pessoas seguirem para Altamira”.

A reuni�o com os �ndios foi a forma encontrada pelo governo federal para tentar reduzir a tens�o no empreendimento e negociar a desocupa��o do canteiro. Inicialmente, os �ndios exigiam que um representante do Poder Executivo fosse ao local negociar as reivindica��es ind�genas. A principal delas � a suspens�o de todos os empreendimentos hidrel�tricos na Amaz�nia at� que o processo de consulta pr�via aos povos tradicionais, previsto na Conven��o 169 da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT), seja regulamentado.

“Queremos que parem os estudos e as obras at� que haja um levantamento completo de tudo o que est� sendo feito para s� ent�o discutirmos essa regulariza��o da consulta. Antes disso, h� algumas coisas que est�o sendo feitas e que precisam ser corrigidas. Na �rea de Teles Pires est�o desenterrando os ossos de nossos antepassados e nenhuma provid�ncia est� sendo tomada”, declarou Valdenir.

Na �ltima quinta-feira (30), os �ndios aceitaram a proposta de enviar uma delega��o a Bras�lia, desde que pudessem permanecer no canteiro por mais alguns dias. Em contrapartida, o grupo permitiu ao Cons�rcio Construtor Belo Monte retomar as obras, paralisadas por raz�es de seguran�a.

Segundo a assessoria do cons�rcio, os trabalhos come�aram a ser retomados na sexta-feira (31) e a produ��o, hoje, j� est� normalizada.


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