O centro da capital fluminense amanheceu com marcas de depreda��o, ap�s as manifesta��es contra o aumento da tarifa de �nibus ocorridas nessa quinta-feira (13) � noite.
Veja imagens dos protestos no Rio
Desde a madrugada de desta sexta-feira (14), funcion�rios da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) trabalham para limpar picha��es de pr�dios hist�ricos, como a Igreja da Candel�ria e o Pal�cio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do estado (Alerj). Pontos de �nibus, placas de sinaliza��o e lixeiras tamb�m foram alvos dos manifestantes. A prefeitura do Rio ainda n�o divulgou de que maneira ir� recuperar os locais danificados.
Em nota, a Alerj disse ter sido palco de diversas manifesta��es populares ao longo de d�cadas e que sempre defendeu esse tipo de manifesta��o, por entender que faz parte do processo democr�tico que sustenta o Estado de Direito. O Legislativo, no entanto, repudiou o vandalismo, em particular aqueles contra o patrim�nio hist�rico e p�blico. A Alerj lembrou que � dever de todos, autoridades e cidad�os, proteger esses bens, que pertencem n�o a indiv�duos, mas � sociedade como um todo.
A manifesta��o dessa quinta-feira come�ou na Igreja da Candel�ria, por volta das 18h, e terminou �s 22h, ap�s passar por algumas das principais vias do centro, como as avenidas Presidente Vargas, Rio Branco e Presidente Ant�nio Carlos, e as ruas Ara�jo Porto Alegre e Primeiro de Mar�o.
A enfermeira Cla�dia Muniz, que aguardava o �nibus nesta sexta-feira em um ponto completamente destru�do pelos manifestantes, disse que a popula��o carioca finalmente acordou e agora est� lutando pelos seus direitos. "N�o podemos aguentar tantas atrocidades contra o nosso povo. Para mim, essa manifesta��o � leg�tima. Chega de aumentos nas tarifas dos transportes p�blicos. Ontem, eu estava trabalhando e infelizmente n�o pude comparecer. Mas, na pr�xima manifesta��o, espero estar presente" acrescentou.
O analista de sistemas Cl�vis Ferreira, que ficou duas horas preso no tr�nsito por causa do protesto, n�o aprovou a conduta dos manifestantes. Para ele, existem muitas pessoas descomprometidas com a causa nos protestos. "Voc� percebe pelas vestimentas e pelo total descontrole que essas pessoas n�o t�m a menor no��o do que est� acontecendo. Poder�amos ter um movimento mais organizado e que buscasse o di�logo com o Poder P�blico", disse.