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Estado de Minas

Protestos contra pre�os de passagens ganham tom pol�tico

A��o da PM em S�o Paulo provoca jogo de empurra entre autoridades federais, estaduais e municipais. Tucanos culpam a infla��o por alta de tarifas. Petistas criticam a for�a policial


postado em 15/06/2013 06:00 / atualizado em 15/06/2013 06:57

A Tropa de Choque da PM usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes. Cerca de 200 pessoas foram presas (foto: Marcos Bizzotto/Futura Press/Folhapress)
A Tropa de Choque da PM usou balas de borracha e bombas de g�s lacrimog�neo contra manifestantes. Cerca de 200 pessoas foram presas (foto: Marcos Bizzotto/Futura Press/Folhapress)


 A crise pol�tica derivada do confronto entre manifestantes e policiais militares por conta do reajuste das tarifas de transporte p�blico em S�o Paulo subiu no palanque de 2014 e transformou-se em um jogo de empurra entre autoridades federais, estaduais e municipais. Aliados do prefeito Fernando Haddad (PT) dizem que as pr�ximas manifesta��es ser�o contra a trucul�ncia da pol�cia do governo de Geraldo Alckmin (PSDB); os tucanos admitem que houve excessos da PM, mas acrescentam que as passagens subiram por causa da infla��o, gerada pelo descontrole do governo federal; e o Planalto lembra que convenceu o prefeito e o governador a reajustar as passagens para R$ 3,20 e n�o R$ 3,30, como previsto.

Enquanto ningu�m se entende, outros protestos continuam sendo marcados. Os manifestantes do Movimento Passe Livre prometem nova passeata, na segunda-feira, para reclamar da a��o ostensiva da tropa de choque na PM na noite de quinta-feira. De acordo com a Secretaria de Seguran�a P�blica, 232 pessoas foram detidas para averigua��es e quatro presas. Oficialmente, nem Pol�cia Militar, nem Pol�cia Civil nem tampouco a Secretaria de Seguran�a divulgam n�mero de feridos. O Movimento Passe Livre afirma que foram 100. O fot�grafo S�rgio Silva, da ag�ncia Futura Press, atingido por uma bala de borracha, passou ontem por uma cirurgia para costurar o globo ocular, mas as chances de que ele recupere a vis�o seguem abaixo de 5%.

Acuado, o governador Geraldo Alckmin, insiste que a pol�cia reagiu para combater atos de vandalismo, mas assegurou que os excessos ser�o apurados: “O abuso j� est� sendo investigado. Mas queria destacar o car�ter pol�tico do movimento que ocorre nas principais capitais do pa�s, inclusive em cidade que n�o teve aumento de tarifa.” Ontem, houve protestos em Niter�i, com r�pido confronto entre manifestants e policiais.

O chefe da Casa Civil do governo de S�o Paulo, Edson Aparecido, acusou o ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, de politizar um epis�dio que est� espalhado pelo pa�s inteiro. “Existe uma press�o inflacion�ria que provocou o reajuste das tarifas e eles n�o falam nisso. E vem o ministro da Justi�a, que n�o deu um telefonema para o governador nem para o secret�rio de Seguran�a (Fernando Grella), oferecer ajuda via imprensa”, criticou o tucano.

A imagem de Cardozo n�o est� ruim apenas no Pal�cio dos Bandeirantes. No Pal�cio do Planalto tamb�m. O Estado de Minas apurou que repercutiram muito mal as declara��es dadas pelo ministro, h� dois dias, dizendo que os manifestantes estavam praticando atos de vandalismo. “No dia seguinte, a Pol�cia Militar agiu daquela maneira. Cardozo foi cobrado duramente, ficou parecendo que n�s corroborar�amos a��es mais duras de repress�o”, disse um interlocutor do governo.

No in�cio da noite dessa sexta-feira, o ministro criticou a a��o da PM e explicou que a declara��o anterior se referiu �s  manifesta��es do in�cio da semana. “A viol�ncia praticada em nome do Estado n�o pode ser tolerada. A PM tem o dever de conter abusos, mas nunca agir de forma arbitr�ria e violenta”, cobrou.

Ordem p�blica A ministra de Rela��es Institucionais, Ideli Salvatti, jogou a bomba no colo dos governos estaduais e municipais. “Apesar de o transporte urbano ser responsabilidade do munic�pio e, em determinados aspectos, dos governos estaduais, o governo federal entrou pesado em termos de recursos para facilitar as coisas”, argumentou. Ela citou o corte de impostos federais das passagens e cobrou que as outras duas esferas fa�am o mesmo.

No in�cio da noite, o prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad, confirmou que convidou representantes do Movimento Passe Livre para participar da reuni�o do Conselho da Cidade, na ter�a-feira. Ele afirmou, contudo, que isso n�o representa um recuo na decis�o de reajustar a passagem de R$ 3 para R$ 3,20. “O movimento nos pediu espa�o para discutir o tema, estamos abrindo debate”, afirmou.


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