Partidos de esquerda, movimentos sociais e entidades estudantis sa�ram nesta sexta-feira em defesa das manifesta��es contra o reajuste da tarifa do transporte p�blico nas principais capitais do Pa�s e "exigiram" a liberta��o dos chamados "presos pol�ticos". Os manifestos divulgados nesta tarde repudiam a a��o da Pol�cia Militar (PM) de S�o Paulo, onde os conflitos deixaram dezenas de feridos, e atacam o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
"A PM do Estado de S�o Paulo, controlada pelo PSDB, mant�m os m�todos que desenvolveu na ditadura militar, reprimindo manifesta��es, efetuando pris�es pol�ticas de cidad�os e estimulando tumultos, inclusive com infiltra��es para desmoralizar a luta e organiza��o popular", diz o manifesto subscrito por 19 entidades e legendas, entre elas a Uni�o Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Pastoral da Juventude, Juventude da Central �nica dos Trabalhadores (JCUT), Associa��o Brasileira de L�sbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Juventude do PT de S�o Paulo (JPT/SP) e PSTU.
"N�o podemos esperar um comportamento democr�tico de uma PM liderada pelo PSDB que, em janeiro de 2012, mobilizou helic�pteros, carros blindados e 2 mil soldados do Batalh�o de Choque para fazer a reintegra��o de posse violenta de 1.600 fam�lias que viviam desde 2004 no bairro Pinheirinho, em S�o Jos� dos Campos (97 quil�metros da capital paulista)", acrescenta a nota distribu�da pela assessoria do MST. As entidades culpam a PM por desrespeitar o direito de manifesta��o dos paulistanos e diz que a viol�ncia foi causada por policiais que "provocam" e "agridem os cidad�os".
Ao atacar o governo de S�o Paulo e poupar das cr�ticas a Prefeitura da capital, governada pelo PT, o manifesto aponta a lentid�o da amplia��o do transporte p�blico na cidade e a m� qualidade das condu��es. "A legitimidade do protesto dos jovens contra o aumento das tarifas n�o pode ser desmoralizada por causa de a��es equivocadas de uma minoria, que, infelizmente, n�o compreende que a sociedade est� do lado daqueles que querem transporte barato e de qualidade para a popula��o de S�o Paulo", ressalta o texto. "Os paulistanos perdem horas e horas todos os dias dentro de um carro ou �nibus parados no tr�nsito ou de um vag�o de metr� e trem lotados. Horas que poderiam ser destinadas para ficar com a fam�lia ou para cultura, esporte e lazer, das quais s�o privados por causa de uma clara op��o que privilegia o transporte privado e individual em detrimento do p�blico e coletivo", emenda.
J� a nota divulgada pela lideran�a do Psol na C�mara dos Deputados fala em rep�dio � viol�ncia policial e destaca a insatisfa��o popular com o transporte. "Governantes da turma do 'prende e arrebenta' n�o entendem que a revolta causada por ficar at� seis horas numa condu��o de p�ssima qualidade que consome um ter�o do sal�rio � o motivo do apoio popular �s manifesta��es", afirma a sigla. A agremia��o chama o governos do Estado e a administra��o municipal de "totalit�rios" e os acusa de n�o saber conviver com a diverg�ncia.
De acordo com o PSOL, a isen��o das al�quotas do Programa de Integra��o Social (PIS) e Contribui��o para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) deveria ser suficiente para impedir os reajustes. "� um absurdo que, mesmo com essas vantagens tribut�rias, os empres�rios reajustem as tarifas do transporte coletivo com a anu�ncia dos prefeitos e governadores", critica o partido.