Rio, 19 - Embora a prefeitura do Rio tenha anunciado nesta quarta-feira � noite a redu��o das tarifas do transporte p�blico, ativistas promover�o um novo protesto nesta quinta-feira, 20, � tarde no centro - o sexto na capital fluminense desde o dia 6. A concentra��o ser� �s 17 horas em frente � Igreja da Candel�ria e os manifestantes devem seguir pela Avenida Presidente Vargas em dire��o � sede administrativa da prefeitura, conhecida como Piranh�o, situada na pr�pria via. Ali, os manifestantes pretendem fazer vig�lia durante a madrugada.
Antes do an�ncio da redu��o da tarifa, mais de 350 mil manifestantes haviam confirmado presen�a no ato, por meio das redes sociais. "Estamos felizes com a redu��o da tarifa, e o ato desta quinta deve ser uma comemora��o, mas a luta est� s� come�ando. Exigimos tarifa zero e retrata��o dos meios de comunica��o que fizeram cr�ticas ao movimento", disse um dos l�deres do movimento, Raphael Godoi.
O trajeto de aproximadamente 3 quil�metros foi definido em plen�ria realizada nesta ter�a-feira, 18, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a presen�a de mais de 500 manifestantes. H� rumores de uma segunda manifesta��o no entorno do Maracan�, onde Espanha e Taiti jogam �s 16 horas. Esses ativistas seguiriam rumo � prefeitura, a cerca de 2,5 km, para se juntar aos demais militantes.
O ato � organizado por dois coletivos, o Opera��o Pare o Aumento e o F�rum de Lutas contra o Aumento das Passagens, em conjunto com representantes de entidades estudantis. Na plen�ria desta ter�a-feira, os manifestantes tamb�m decidiram que s� negociar�o com o prefeito Eduardo Paes (PMDB) ap�s a liberta��o dos que foram presos nas passeatas anteriores. "As negocia��es com governo e prefeitura s� se dar�o ap�s a anistia (liberdade e arquivamento de processos) dos presos durante as manifesta��es."
Esquema de seguran�a
A Pol�cia Militar (PM) do Rio deve mobilizar cerca de 1.800 homens no esquema de seguran�a do jogo desta quinta-feira no Maracan�. Ser�o empregados policiais do batalh�o da �rea (6.º Batalh�o, da Tijuca), al�m dos de Choque e de A��es com C�es (BAC). A PM tamb�m usar� helic�pteros, que filmar�o o local e transmitir�o as imagens em tempo real para o quartel-general da corpora��o, no centro. O efetivo exato n�o foi divulgado. Se confirmados os 1.800 policiais, ser� 50% maior do que o usado no domingo, 16, quando jogaram It�lia e M�xico. Na ocasi�o, mais de mil pessoas participaram de um protesto pac�fico nas imedia��es do est�dio, que foi violentamente reprimido pelo Batalh�o de Choque, apesar de n�o ter havido qualquer ato de vandalismo.
Al�m da PM, 895 homens da For�a Nacional de Seguran�a atuar�o no policiamento dos arredores do Maracan�. Os policiais foram enviados ao Rio na semana passada pelo Minist�rio da Justi�a, ap�s pedido do governador S�rgio Cabral para refor�ar a seguran�a durante o torneio.
A m� repercuss�o do epis�dio de domingo causou mudan�a de postura da PM durante o protesto da �ltima segunda-feira, quando a Tropa de Choque demorou tr�s horas para atuar na Assembleia Legislativa do Rio, que estava sendo depredada por cerca de 300 v�ndalos. Naquela noite, uma manifesta��o pac�fica arrastou 100 mil pessoas pela Avenida Rio Branco. Procurada ontem, a Pol�cia Militar n�o informou como proceder� em rela��o � manifesta��o desta quinta.