Bomba de g�s lacrimog�neo atinge m�dicos em Niter�i

Um grupo de jornalistas e seis m�dicos que prestavam socorro a uma mulher na cal�ada da Avenida Marqu�s do Paran�, em Niter�i, na Regi�o Metropolitana do Rio, foram surpreendidos na noite desta quarta-feira, 18, por policiais do Batalh�o de Choque com bombas de g�s lacrimog�neo e spray de pimenta. A mulher, supostamente gr�vida, havia desmaiado durante uma crise de ansiedade provocada por bombas lan�adas pela pol�cia contra manifestantes para liberar a avenida, que d� acesso � ponte Rio-Niter�i. Os m�dicos, da Universidade Federal Fluminense, trabalhavam como volunt�rios para atender eventuais feridos na manifesta��o, que reuniu milhares de pessoas no centro de Niter�i. Antes de atacar o grupo, os policiais do Batalh�o de Choque haviam se recusado a atender a mulher, apesar de haver uma ambul�ncia do governo do Estado dispon�vel no local. A mulher era atendida sobre um papel�o cedido por um mendigo, em um canto da cal�ada. Ela se perdeu da filha e havia sido levada ao local por manifestantes, j� desmaiada, em meio � nuvem de g�s que tomava conta do rua. "Viemos como volunt�rios para atender as pessoas, fomos surpreendidos pelas bombas e acabamos sendo atingidos. A atitude desastrada mostra o completo despreparo dos policiais", disse o m�dico Marcelo S� de Ara�jo. Ele e os cinco colegas prestavam atendimento no momento do ataque, todos de jaleco branco, e aguardavam a chegada de uma ambul�ncia quando foram atacados. A justificativa dada pelos policiais foi de que o grupo foi confundido com "v�ndalos e baderneiros".