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Estado de Minas

Protestos no Rio deixam 62 pessoas feridas

Cenas de viol�ncia marcaram manifesta��o na capital fluminense


postado em 21/06/2013 07:19 / atualizado em 21/06/2013 08:51

Policiais atiraram balas de borracha em manifestantes(foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP)
Policiais atiraram balas de borracha em manifestantes (foto: CHRISTOPHE SIMON / AFP)

 Ao fim de uma manifesta��o que por mais de duas horas se manteve pac�fica e reuniu pelo menos 300 mil pessoas na Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, um violento confronto entre policiais e um grupo de participantes come�ou em frente � sede administrativa da prefeitura. A confus�o se alastrou por v�rias ruas da regi�o e deixou um rastro de destrui��o e pelo menos 62 feridos ou intoxicados e 7 detidos. As cenas de guerra civil se repetiram na cidade, como havia ocorrido na segunda-feira, com depreda��es, saques, inc�ndios e viol�ncia da pol�cia e de manifestantes.

 At� as 23h30 havia focos de confus�o pela cidade. Cerca de 100 ativistas estavam na frente do Pal�cio Guanabara, sede do governo, em Laranjeiras (zona sul), e cerca de 400 estudantes da UFRJ se refugiavam em dois pr�dios da universidade, no centro, alegando que a pol�cia realizava pris�es arbitr�rias nas imedia��es. Longe dali, um grupo de mil manifestantes interditava a Rodovia Presidente Dutra.

 

Centenas de pessoas foram atingidas por bombas de g�s lan�adas por PMs do Regimento de Pol�cia Montada e do Batalh�o de Choque. O tenente-coronel Anderson de Souza, que comandava o regimento, afirmou que o tumulto come�ou quando tr�s PMs, que formavam um cord�o de isolamento em frente da prefeitura, foram atingidos por pedras. Durante o confronto, v�rios estudantes de Medicina prestaram socorro a manifestantes. Seis volunt�rios ficaram encurralados junto com rep�rter do Estado, em meio a uma chuva de bombas e pedras.

 Um ve�culo do SBT foi atacado e incendiado. O rep�rter Pedro Vedova, da Globonews, foi atingido na testa por uma bala de borracha. Gr�vida de 4 meses, M�nica Azevedo, de 27 anos, ficou no fogo cruzado.

 “Estava protestando pacificamente, perto de muitos estudantes e crian�as. Come�aram a jogar bomba na gente. N�o sei quem come�ou mas a pol�cia n�o pode agir com essa viol�ncia”, disse. “Falam que esse g�s � abortivo, jogaram indiscriminadamente nas pessoas vi muita gente passando mal.” Quiosques instalados no Terreir�o do Samba, �rea p�blica de shows vizinha ao samb�dromo, foram saqueados e incendiados. A Presidente Vargas parecia um cen�rio de filme de guerra. Policiais do Choque acuaram os manifestantes em dire��o � Igreja da Candel�ria, mas os ativistas resistiam, lan�ando pedras e montando barricadas. “Resistir, resistir, resistir”, gritavam.

 'Amanh� vai ser maior' Durante o percurso, ag�ncias banc�rias, abrigos de �nibus e rel�gios p�blicos foram destru�dos. Trechos da Presidente Vargas ficaram sem luz durante o conflito. No fim da noite, manifestantes procuraram abrigo no Circo Voador, na Lapa, onde alegam ter sido atacados pela PM.

 As esta��es de metr� situadas ao longo da avenida foram fechadas e n�o havia para onde correr. “Atiraram em mim com balas de borracha. Eu s� queria pegar o metr� e n�o consigo”, disse Hannah Kaufmann, de 20 anos, que segurava um cartaz com a frase “Sonho que se sonha s� � sonho. Sonho que se sonha junto � realidade!”

 Reivindica��es. Durante a passeata, o aumento da passagem de �nibus deixou de ser o motivo de protesto, e tr�s reivindica��es eram mais frequentes em faixas e gritos de guerra: o arquivamento da PEC 37, que retira do Minist�rio P�blico o poder de investigar; o arquivamento da proposta de “cura gay” e o fim dos investimentos em obras para a Copa. Militantes que levavam bandeiras de partidos pol�ticos foram mais uma vez recebidos com vaias e palavras de ordem: “O povo unido n�o precisa de partido”.


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