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Estado de Minas

Comiss�o da Verdade de S�o Paulo recebe relatos de psic�logos sobre a ditadura militar


postado em 21/06/2013 20:16

A Comiss�o Estadual da Verdade de S�o Paulo recebeu hoje, do Conselho Regional de Psicologia de S�o Paulo, uma s�rie de relatos de psic�logos que, de alguma forma, foram v�timas de viol�ncia durante a ditadura militar (1964-1985) no pa�s.

A coordenadora da Comiss�o de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia de S�o Paulo, Maria Orlene Dar�, informou que 27 psic�logos paulistas contaram como a ditadura militar os atingiu. Os depoimentos fazem do projeto Psicologia e Direito � Mem�ria e � Verdade, trabalho que come�ou a ser desenvolvido pelo conselho em setembro do ano passado. Maria Orlene disse que a inten��o � contribuir com o momento pol�tico atual e com as comiss�es Nacional e Estadual da Verdade, buscando dados e informa��es que possam ajudar a esclarecer todas as viola��es ocorridas naquele per�odo.

� Comiss�o da Verdade, o conselho entregou uma pasta contendo os 27 depoimentos por escrito e CDs com v�deos dos relatos, de documentos e das atividades e oficinas que foram desenvolvidas durante o trabalho.

Segundo a presidenta do Conselho Regional de Psicologia, Maria de F�tima Nassif, os relatos re�nem hist�rias de pessoas que sofreram diretamente com a ditadura militar ou que a viveram por serem irm�os, filhos ou parentes de presos e torturados no per�odo e tamb�m de profissionais que trabalharam com v�timas do regime. “O dossi� � muito variado, assim como o n�vel de implica��o. Mas todos os depoimentos demonstram, de forma bastante forte, a amplitude desse mal.”

Na audi�ncia de hoje, na Assembleia Legislativa, psic�logos relataram, de forma breve, as marcas que carregam da ditadura militar. Dois dos testemunhos foram dados por Carolina Helena Sombini e Maria Auxiliadora Cunha Arantes, conhecida como Dodora.

Carolina contou que, aos 5 anos, foi morar com a av�, porque sua m�e era militante pol�tica. “Minha m�e se separou quando eu tinha uns 2 anos de idade. A separa��o dela do meu pai foi motivada pela milit�ncia pol�tica, com a qual ele n�o concordava. O companheiro dela foi algu�m que ela conheceu pela milit�ncia. Por causa da milit�ncia e de eles viverem na clandestinidade, passei a viver com minha av� materna. Minha m�e mudava muito, porque ningu�m podia saber onde eles estavam”, lembrou Carolina.

“Quando ela ia me buscar na casa da minha av�, dizia que eu nunca poderia dizer onde ela estava morando. Eu tinha um medo enorme de conseguir guardar o caminho. Ao mesmo tempo, olhava ansiosamente porque queria saber onde ela estava. � uma sensa��o horr�vel”, relatou, emocionada. A m�e de Carolina e o companheiro foram presos e torturados pela ditadura militar. Mais tarde, em um ano que ela diz n�o se lembrar exatamente quaal, os dois foram soltos. “A ditadura roubou e me tirou o direito � conviv�ncia familiar.”

Em outro relato, Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes, conhecida como Dodora, contou tque foi presa em 1968, quando estava com os dois filhos, que tinham, ent�o, 2 e 3 anos de idade. O projeto est� sendo desenvolvido em todo o pa�s e todos os relatos ser�o ent�o reunidos em uma publica��o com previs�o de lan�amento para setembro.


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