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Estado de Minas

Atendimento de Aids precisa do dobro de m�dicos


postado em 22/06/2013 10:31 / atualizado em 22/06/2013 10:53

O servi�o municipal de atendimento a pacientes com doen�as sexualmente transmiss�veis (DSTs) e aids de S�o Paulo precisa do dobro de m�dicos infectologistas que tem hoje para conseguir suprir a demanda de novos casos e oferecer um servi�o mais pr�ximo do que j� foi considerado modelo para o resto do mundo. Essa � a conclus�o de um levantamento feito pela Comiss�o Municipal de Aids nas 15 unidades paulistanas que oferecem esse tratamento.

O �rg�o, que re�ne poder p�blico, sociedade civil e sindicatos de sa�de, � um bra�o do Conselho Municipal de Sa�de. Ele analisou os Servi�os de Assist�ncia Especializada (SAE) e Centros de Refer�ncia em DST/Aids (CR) em rela��o a quest�es como oferta de m�dicos e outros especialistas e infraestrutura das unidades.

Os dados foram obtidos em entrevistas com os gerentes de cada servi�o. E foi com base na percep��o deles sobre o que seria preciso para oferecer um atendimento humanizado, de qualidade, que se chegou aos n�meros de quantos profissionais s�o necess�rios a mais na rede.

De acordo com o levantamento, � preciso ter pelo menos 43 novos infectologistas. As 15 unidades t�m hoje 41 desses profissionais. Al�m dessa especialidade, eles relatam falta tamb�m de ginecologistas, sanitaristas, nutricionistas, pediatras, psiquiatras, cl�nicos, fora assistentes sociais, psic�logos e os chamados AGPP (agentes de pol�ticas p�blicas), que fazem toda a recep��o dos pacientes. S� nessa categoria foi relatada uma falta de 72 profissionais.

“O problema vem dos �ltimos anos. N�o houve investimento adequado e temos um grande n�mero de profissionais se aposentando. N�o h� reposi��o”, diz S�rgio Rodrigues, coordenador da comiss�o. Segundo ele e outros ativistas, com essa precariza��o do servi�o tem ocorrido uma demora de tr�s a cinco meses para o in�cio do tratamento de pessoas rec�m diagnosticadas.

A percep��o foi corroborada pelos gerentes. Uma delas contou que em dois anos sua unidade teve uma redu��o pela metade no n�mero de infectologistas. “N�o tenho condi��es mais de receber novos casos. Toda semana fecho a porta para 3, 4. Justo quando a pessoa acabou de saber que tem HIV e est� mais fragilizada”, diz. “As pessoas sentaram em cima do conceito de que o Brasil era modelo no tratamento e esqueceram de evoluir. S� que o modelo est� defasado.”

O pr�prio secret�rio de Sa�de do Munic�pio, Jos� de Filippi Junior, admitiu em maio, em encontro com ONGs ligadas � quest�o, essa demora. J� Eliana Gutierrez, coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids, afirmou que o in�cio do atendimento pode chegar a esse tempo, mas que nos casos em que a pessoa j� chega com o sistema imunol�gico muito abalado o tratamento come�a imediatamente. “Tr�s meses � s� nos casos menos graves”, afirma. Mas ela admite que faltam m�dicos e diz que no segundo semestre haver� um concurso para contratar 58 infectologistas.


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