
Em protesto contra o Estatuto do Nascituro, a Bolsa Estupro e a "cura gay" – propostas em andamento no Congresso Nacional -, a manifesta��o da Marcha das Vadias, em maioria mulheres, ocupou neste s�bado o centro de Bras�lia. A manifesta��o tamb�m sugere que as mulheres quebrem o sil�ncio e denunciem a viol�ncia a que s�o submetidas.
Munidas de faixas e cartazes, os participantes pediram que a sociedade reconhe�a a autonomia da s mulheres sobre seus pr�prios corpos e combata a ideia de que a roupa ou o comportamento justifiquem viol�ncia contra elas.
Aos gritos de “vem pra rua contra o machismo” e “a viol�ncia contra mulher n�o � o mundo que a gente quer”, os participantes se comportaram de forma pac�fica, segundo a PM. Efetivo de 100 policiais militares acompanha o protesto.
Uma das organizadoras da manifesta��o, a soci�loga B�rbara Amaral, destaca que a passeata � “um trabalho de formiguinha”. Segundo ela, a sociedade precisa unir for�as contra o preconceito. A integrante do movimento tamb�m defende a “constru��o de solidariedade feminina em prol de uma sociedade igualit�ria”.
B�rbara destacou ainda que o Congresso Nacional “quer retroceder direitos j� conquistados”. E acrescentou: “Esse discurso conservador � extremamente preocupante. N�o podemos retroceder em v�rios direitos que j� conquistamos. Queremos que o Estado nos deixe ter direitos e escolhas sobre nosso pr�prio corpo. Queremos tamb�m a descriminaliza��o do aborto”, acrescentou.
A professora M�rcia Acioli, 53 anos, tamb�m marchou reivindicando o direito das mulheres. “Essas manifesta��es s�o importantes para educar a popula��o. � um clima de comunh�o e respeito”, comentou.
O jornalista Miguel dos Anjos, 56 anos, apoiou a iniciativa. “Temos que defender o direito das mulheres. S�o elas que puxaram v�rios movimentos e � muito importante n�s participarmos tamb�m”, comentou.
Al�m da capital federal, este ano, a Marcha das Vadias j� ocorreu em S�o Paulo, Florian�polis, Belo Horizonte, Aracaju, no Recife, em Uberl�ndia, Guarulhos e outras cidades brasileiras.