Uma passeata que come�ou com 300 manifestantes em Copacabana terminou, cinco quil�metros adiante, com cerca de 2.000 pessoas concentradas pr�ximo � casa do governador Sergio Cabral (PMDB). No in�cio, no percurso pela orla carioca, predominaram as cr�ticas contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 37, que restringe poderes de investiga��o do Minist�rio P�blico, pedidos de a��es contra corrup��o e de mais verbas para sa�de e educa��o. No fim, prevaleceram cr�ticas ao governador e ao prefeito Eduardo Paes (PMDB).
O protesto come�ou �s 16 horas e at� o in�cio da noite n�o havia sido registrado nenhum incidente. O quarteir�o onde est� localizado o pr�dio do governador, numa rua transversal � praia, foi isolado e protegido por um contingente de certa de 200 policiais militares.
Durante a passeata, os manifestantes pediam o apoio dos moradores. Em resposta, moradores dos apartamentos em frente � praia de Ipanema e Leblon (um dos metros quadrados mais caros do Pa�s), acendiam e apagavam as luzes. O clima, em geral, foi festivo.
Quando a passeata chegou a Ipanema, pouco antes de 18 horas, os manifestantes tomaram a pista da Avenida Vieira Souto pr�xima aos pr�dios, que, diferentemente da pista junto � praia, n�o estava interditada. Agentes da CET-Rio agiram ent�o para fechar ao tr�nsito toda a orla.
Pouco depois, na chegada da passeata ao local onde um grupo de cerca de 20 jovens montou acampamento desde a noite de sexta-feira, em ato de protesto contra o governador, um dos acampados discursou com um megafone. Pregou a n�o viol�ncia, pediu que os protestos sejam pac�ficos e emendou reivindicando investiga��o sobre suposto envolvimento do governador Cabral com o esc�ndalo no qual a construtora Delta, do empres�rio Fernando Cavendish, ocupou o centro de investiga��es sobre superfaturamento de obras.
O discurso foi recebido por um coro de manifestantes com palavras de ordem contra o governador e depois, com todos cantando o Hino Nacional. Foram entoados cantos chamando Cabral de ditador, chamando os policiais que faziam a prote��o do bloqueio para passar para lado dos manifestantes e fazendo alus�o ao fato de o governador estar em Paris.
A assessoria de Cabral, contudo, negou que o governador esteja fora do Pa�s. N�o foi confirmado se ele estaria em casa, pois, segundo a assessoria, Cabral n�o tinha agenda p�blica neste fim de semana. � noite, a assessoria do Pal�cio Guanabara distribuiu uma nota sucinta do governador: "As pessoas t�m o direito de se manifestar, desde que de forma pac�fica".
Durante o dia, restaurantes e supermercados de Copacabana foram protegidos por tapumes de madeira para evitar depreda��es durante a manifesta��o. O shopping Rio Sul, pr�ximo ao t�nel que liga Botafogo a Copacabana, anunciou na v�spera que n�o abriria no domingo, por causa da manifesta��o.