Enquanto o consumo de drogas il�citas se mant�m est�vel em todo o mundo, o uso de novas subst�ncias psicoativas aumentou mais de 50% entre os anos de 2009 e 2012, informa relat�rio mundial sobre drogas divulgado nesta quarta-feira pelo Escrit�rio das Na��es Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc).
Na Am�rica Latina, o uso das novas subst�ncias psicoativas, subst�ncias manipuladas recentemente ou j� existentes mas consumidas de forma diferenciada, ainda � menor que na Am�rica do Norte e na Europa.
O representante do Unodc, Rafael Franzini, alertou que essas subst�ncias psicoativas surgem com grande velocidade e s�o vistas por muitos como pouco prejudiciais. “Essas novas subst�ncias psicoativas s�o consumidas de forma pura ou preparadas e representam amea�a � sa�de p�blica. Diz-se que o consumo dessas subst�ncias � seguro, mas a realidade � muito diferente”, disse.
O coordenador-geral de Repress�o a Drogas da Pol�cia Federal, C�zar Luiz Busto, disse que a Pol�cia Federal tem identificado novas subst�ncias psicoativas antes mesmo de sua chegada ao Brasil por meio da troca informa��es com pol�cias da Europa, o que permite uma melhor preven��o � entrada no pa�s. Segundo ele, essas subst�ncias t�m sido inclu�das na lista de elemento de entrada proibida.
Enquanto o uso da coca�na diminuiu ou se manteve est�vel em muitos pa�ses sul-americanos, no Brasil houve aumento, segundo o relat�rio da Unodc. O pa�s tamb�m foi apontado no texto como ponto de tr�nsito para remessa de coca�na a pa�ses da �frica e Europa em decorr�ncia das fronteiras com grandes produtores de coca�na com Peru, Bol�via e Col�mbia.
O titular da Secretaria Nacional de Pol�ticas sobre Drogas (Senad), do Minist�rio da Justi�a, Vitori Maximiano, explicou que o crescimento do consumo de coca�na � motivado pelo crack e lembrou que o governo brasileiro tem um programa, o Crack � Poss�vel Vencer, para buscar combater o problema. "Temos realizado pol�ticas consistentes em parceria com estados, munic�pios e sociedade civil para combater esses �ndices negativos do uso da coca�na. E temos a��es estrat�gicas na �rea de seguran�a que dever�o produzir os resultados que desejamos”.
C�zar Luiz relatou que o Brasil tem acordos de coopera��o com os pa�ses citados, mais o Paraguai, para investiga��o e combate ao tr�fico de coca�na que j� resultou na apreens�o de traficantes. “Somente com a��es integradas e confian�a entre governos e institui��es policiais � poss�vel avan�ar no combate � oferta de drogas”, considerou.
No caso da maconha, o n�mero de casos de apreens�o da droga no Brasil foi praticamente o mesmo em 2010 e 2011 com 885 e 878 casos, respectivamente. A quantidade, no entanto, cresceu, passando de 155 toneladas em 2010 para 174 toneladas em 2011.