A ministra da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), Maria do Ros�rio, disse nesta quinta-feira (27) se preocupar com a atua��o da Pol�cia Militar (PM) nas �ltimas semanas, especialmente na atua��o no Complexo da Mar�, no Rio de Janeiro, que deixou dez mortos. Para ela, a pol�cia no Brasil tem de ser menos violenta e trabalhar de acordo com uma perspectiva de intelig�ncia, identificando onde est�o os grupos criminosos e debelando quadrilhas.
"[A pol�cia] n�o pode ir entrando simplesmente em atitude repressiva contra quem quer que seja", disse a ministra, em rela��o � atua��o da PM no complexo de favelas do Rio, entre ontem (26) e a �ltima segunda-feira (24), quando traficantes na comunidade e policiais do Batalh�o de Opera��es Especiais (Bope) trocaram tiros, deixando dez mortos e seis feridos.
No dia seguinte � a��o policial, os moradores do complexo pediram ao governo do estado um pedido p�blico de desculpas. Ontem (26), um grupo de manifestantes se reuniu em frente � Secretaria Estadual de Seguran�a P�blica do Rio em protesto ao que consideraram um excesso da a��o policial.
Tamb�m ontem, a Corregedoria Interna da PM abriu um inqu�rito para apurar a conduta dos policiais do Bope durante a opera��o na favela Nova Holanda, no Complexo da Mar�. De acordo com o inqu�rito, tr�s dos dez mortos eram moradores da comunidade, sem ficha criminal, e um era um policial militar.
"Estamos solicitando que a investiga��o seja feita de forma s�ria e dedicada. Tr�s pessoas j� foram identificadas sem qualquer antecedente criminal. Mas mesmo no caso daqueles que tinham registros anteriores nas pol�cias, � preciso identificar, porque, neste momento, n�o sei se eram foragidos", explicou Maria do Ros�rio.
Para a ministra, a pol�cia tem de agir melhor nas favelas e ser mais pr�xima da comunidade. Segundo ela, o registro de atos de resist�ncia em qualquer a��o, inexistindo investiga��es sobre os atos dos envolvidos, fomenta a viol�ncia na sociedade. "Precisamos de uma reforma nas pol�cias, que constitua pol�cias menos violentas. Isso significa melhores condi��es de trabalho, mais direitos para os policias no exerc�cio do trabalho, mas menos viol�ncia contra a popula��o negra e pobre", finalizou.