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Estado de Minas

Embaixador pede rea��o do Brasil uma semana ap�s morte de menino boliviano

Crian�a de cinco anos foi morta no colo da m�e durante assalto em S�o Paulo


postado em 04/07/2013 07:00 / atualizado em 04/07/2013 07:16

(foto: Reprodução)
(foto: Reprodu��o)
Bras�lia – Uma semana depois do assassinato do boliviano Brayan Yanarico Capcha, de cinco anos, por um assaltante em S�o Paulo, no momento em que era consolado no colo da m�e, o embaixador da Bol�via no Brasil, Jerjes Justiniano Talavera, defendeu uma “rea��o em dupla dire��o” por parte do governo brasileiro. Para ele, � preciso punir os respons�veis pela morte da crian�a e ampliar a seguran�a nas �reas onde vivem os bolivianos que migram para o Brasil.

“Esperamos uma rea��o do governo brasileiro, uma rea��o em dupla dire��o: a busca pela justi�a e a puni��o e mais prote��o nos bairros onde moram os bolivianos porque, geralmente, h� aus�ncia policial”, ressaltou � Ag�ncia Brasil o embaixador. “N�o mataram a crian�a porque era um menino boliviano. Mataram porque a delinqu�ncia n�o � direcionada aos estrangeiros, mas a todos.”

Justiniano Talavera alertou que � preciso redobrar os esfor�os para tentar uma solu��o para os bolivianos que s�o explorados no Brasil. Segundo ele, a desinforma��o associada ao medo agrava ainda mais a situa��o. A seguir, os principais trechos da entrevista do embaixador � Ag�ncia Brasil.

O que o governo da Bol�via espera de rea��o do Brasil, ap�s a morte do Brayan Yanarico, no �ltimo dia 28?

Jerjes Justiniano Talavera - Esperamos uma rea��o do governo brasileiro, uma rea��o em dupla dire��o: a busca pela justi�a, a puni��o e mais prote��o nos bairros onde moram os bolivianos porque, geralmente, h� aus�ncia policial. � preciso que se fa�a justi�a para aquele pai e aquela m�e que perderam o filho. Que o Estado brasileiro busque justi�a. Mas � preciso tamb�m dar maior prote��o para os bairros onde moram os bolivianos que v�m buscar oportunidades [no Brasil]. N�o mataram a crian�a porque era um menino boliviano. Mataram porque a delinqu�ncia n�o � direcionada aos estrangeiros, mas a todos na sociedade.

Mas a morte do Brayan trouxe � tona a fragilidade que envolve os bolivianos que procuram a sorte no Brasil. Como o governo da Bol�via lida com o tema?

Justiniano – H� aproximadamente 250 mil bolivianos morando no Brasil, mas calculamos que de 14 mil a 15 mil s�o irregulares. Infelizmente s�o muito explorados, embora a maioria seja de m�o de obra qualificada, em geral, excelentes artes�os. A explora��o existe pela desinforma��o por parte dos bolivianos, que n�o sabem que � poss�vel ser legal no Brasil sem ter de passar por intermedi�rios.

A explora��o dos bolivianos no Brasil � tema constante de discuss�es de autoridades dos dois pa�ses.

Justiniano – Recentemente fiz uma reuni�o com uma comiss�o de parlamentares que analisa a quest�o da explora��o e do trabalho escravo. Os parlamentares conversaram com v�rios bolivianos que vivem em S�o Paulo e est�o em uma situa��o que nos preocupa. Os deputados ouviram deles que n�o querem denunciar por medo. Medo das autoridades brasileiras e bolivianas. Tudo isso precisa ser trabalhado no esfor�o de impedir que essas situa��es se repitam.

O senhor tem alguma sugest�o para minimizar o problema a curto prazo?

Justiniano – Se as autoridades brasileiras pedissem minha opini�o, eu iria propor que os bolivianos trabalhem na regi�o de fronteira da Bol�via com o Brasil, e os brasileiros passem a comprar os nossos produtos [bolivianos] sem impor tarifas elevadas nem taxas. Ao meu ver, � um meio de reduzir o problema e atender a todos. Mas � s� uma sugest�o pessoal.


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