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Estado de Minas

Secret�rio diz que Plano Mais M�dicos 'n�o resolve'


postado em 09/07/2013 19:43 / atualizado em 09/07/2013 20:52

Campinas, 09 - A regi�o de Campinas, que engloba 42 cidades do interior paulista, tem um d�ficit de 700 leitos hospitalares, principalmente de atendimento de urg�ncia e emerg�ncia, filas em hospitais e problemas de falta de m�dicos. Para o secret�rio de Sa�de de Campinas, Carmino de Souza, as medidas anunciadas pelo governo federal de amplia��o do tempo de curso de medicina, dois anos obrigat�rios de servi�os no Sistema �nico de Sa�de (SUS) e importa��o de m�dicos estrangeiros, n�o resolve o problema regional.

"A crise da sa�de est� muito focada no m�dico. E a gente sabe que n�o � s� isso. Se pegou o m�dico como se fosse o inimigo n�mero 1 dos problemas do sistema p�blico de sa�de", afirmou Carmino, m�dico hematologista h� 37 anos e professor titular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Ele defende que a falta de recursos para custeio � o grande gargalo do sistema p�blico. "Se n�o tiver dinheiro para custeio, para comprar rem�dio, para a folha de pagamento, para os insumos, n�o se aumentar� a rede."

Refer�ncia em atendimento m�dico em toda regi�o, Campinas serve com rede de sa�de para 1 milh�o de habitantes locais e para todas as 41 cidades abrangidas pelo Departamento Regional de Sa�de 7. "N�o acho que as medidas anunciadas trar�o impacto para a regi�o de Campinas", afirmou o secret�rio.

"Os munic�pios est�o sobrecarregados. � fundamental que o governo coloque mais recursos de custeio. A quest�o precisa ser enfrentada.

Todo mundo gosta de construir, mas onde a roda pega � no custeio do sistema", afirmou Carmino.

"� preciso formar mais m�dicos e seduzi-los para o sistema p�blico de sa�de. E, para isso, � preciso melhores condi��es de trabalho, melhores sal�rios e um plano de carreira, inclusive com dedica��o exclusiva ao trabalho", defendeu Carmino.

Para o secret�rio, que gerencia 2 mil m�dicos, h� um erro de foco na identifica��o do problema da dificuldade de contratar profissionais em determinadas �reas. Para ele, esse n�o � um problema relacionado �s periferias das cidades. "N�o � uma exclusividade das periferias. Tem regi�es mais centrais com problema de ambi�ncia onde h� dificuldade de se contratar m�dico."

Na �ltima quinta-feira, 4, Carmino esteve no Minist�rio da Sa�de discutindo com o governo os problemas da cidade e da regi�o. "N�o entendo a pressa, fomos pegos de surpresa. S�o medidas que precisam ser melhor discutidas com quem forma os m�dicos, com as universidades, com os conselhos, com a categoria", afirmou Carmino. "N�o discordo frontalmente da proposta. Formar um m�dico no Brasil custa muito para a sociedade" diz o secret�rio, professor da Unicamp, onde um aluno custa ao Estado US$ 30 mil ao ano.

Retribui��o

"Isso � pago pela sociedade. N�o acho que ter uma retribui��o � sociedade algo fora da realidade, mas precisa ser melhor discutido.

Foi de maneira afobada. Tudo que � compuls�rio � complicado em um pa�s democr�tico."

P�s-doutorado na It�lia, onde h� plano de carreira para o m�dico do sistema p�blico, Carmino defende que � preciso atrair o m�dico ainda na faculdade para o SUS. "Tem que seduzir o aluno da sa�de para o Sistema �nico de Sa�de muito cedo, de prefer�ncia no primeiro e no segundo ano do curso. Ao inv�s de coloc�-lo em laborat�rio, precisa colocar os alunos para ter interesse na sa�de p�blica pr�tica."

Sobre a atra��o de m�dicos estrangeiros, Carmino afirma que � preciso que eles se adaptem ao sistema brasileiro. "J� temos m�dicos estrangeiros. Mas eles precisam se adaptar ao Pa�s, conhecer a epidemiologia local. E tem tamb�m o problema da l�ngua."


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